21 de nov. de 2011

Tailândia I - Pé na estrada / Thailand I - On the road



Posted by Marilia


13/11/2011 - 19/11/2011 - De Bangcoc a Phetchabun, Tailândia.


Agora sim, finalmente partimos rumo à Europa, no dia 13 de Novembro! Pegamos um trem até uma estação que nos afastou um pouco da muvuca do centro da capital Tailandesa e começamos a pedalar.

Bom, decidimos mudar nossa rota logo no começo, e não vamos mais para o Camboja. Queríamos muito conhecer os templos de Siem Reap, chamados Angkor Wat, mas como tivemos de ficar esperando minha mala, a questão “clima no futuro” pegou, e não queremos pegar frio na Russia (se é que o roteiro não muda até lá!). E também, conversamos com quem visitou o lugar e nos disseram que o caminho até lá – 360 km de Bangcoc – não é bonito. Bom, o fato foi que reformulamos o caminho rumo ao norte da Tailândia!

O primeiro dia foi, basicamente, uma fuga de Bangcoc. Pedalamos 70km até Chachoengsao, onde chegamos no final da tarde e o dilema começou – onde armar nossa barraca? Depois de rodar um pouco pela cidade, decidimos pedir em algum templo, o que não falta pelo país todo.
Por fim, armamos nossa barraca em um ring de boxe tailandês, ensinado a crianças órfãs acolhidas por um monge que nos recebeu muito bem, oferecendo comida, banho e água.

Fora a novidade de dormir em um templo, vimos que o negócio de chuveiro e privada como conhecíamos era luxo de Bangcoc. Banho frio de caneca e privada turca, cuja descarga é um potinho com o qual você joga água e manda tudo embora.

No segundo dia, desviamos para uma estrada menor que estava bem mais tranquila, aliás muuuito tranquila. A paisagem era sempre alagadiça e a cada quilômetro víamos um tipo de criação diferente – peixe, camarão, lula. Nessa noite, não titubeamos e também dormimos em um templo com uma área externa imensa, onde viviam poucos monges, talvez uns seis. Nem precisamos de despertador, porque às 4 e 30 da matina eles começaram a cantar mantras e uma caixa de som imensa e alta reverberava a cantoria. Bem diferente!

Até então, foram quase 200 km de plano, totalmente plano, quase ao nível do mar. No terceiro dia, as coisas mudaram depois que adentramos em um Parque Nacional, o Khao Yai. Foram 35 km de subida em uma estrada perfeitamente asfaltada, envolta por muita floresta, macacos, pássaros e até elefantes, que não vimos, somente suas fezes (secas!). Dormimos, praticamente, em um spa de luxo – um camping com chuveiro (com água fria) e uma das privadas “normais”. Subimos quase 1.000m, então o clima mudou bastante, já com noites frias e dias menos abafados.

Passamos o dia seguinte no camping, lavamos roupa, escrevemos para o blog, descansamos, caminhamos, comemos, enfim, relaxamos as pernas! Tudo isso na companhia de muitos veados espalhados pela área do camping, buscando comida.

No camping, conhecemos um casal que vive na Austrália, Kora e Yan, que também estava viajando de bike – da Inglaterra à Austrália! Haviam partido em Março e pareciam ter outras experiências com esse tipo de viagem, então aproveitamos para trocar umas ideias e vimos que não estamos muito fora do esquema.

Saímos do parque e seguimos ao Norte por estradas pequenas, com pouco movimento. Iniciamos um trecho mais rural, com muitas plantações e pomares – milho, cana, mandioca, fruta do conde (delícia!), pitaia e arroz. Andamos mais três dias, agora com mais calor e muito sol. Já no meio da manhã, o sol é muito forte! Já não estávamos mais passando por lugares em que turista é comum, então todos olhavam muito, sorriam, faziam joia e muitos diziam “hallo, hallo!”. Dormimos mais duas noites em templos perdidos no meio dos pequenos vilarejos e uma noite em um pequeno hotel, na beira de uma estrada. Lugar simpático, não dos mais limpos e no meio do nada, já que há poucas cidades nas estradas em que estamos.

Andar por estradas menores tem vantagens e desvantagens. A vantagem é a tranquilidade das estradas e o visual, e a desvantagem é que você precisa estar abastecido para cozinhar à noite (e isso significa carregar mais peso, lavar a louça – no escuro, muitas vezes, etc.), enquanto que nas estradas maiores sempre tem uma cidade em que você pode jantar, senão tiver a fim de cozinhar. Por enquanto estamos misturando um pouco de cada. Estamos sempre almoçando em restaurantes, se é que se pode chamar de restaurante. A comida por aqui é bem barata (por 1 ou 2 USD comece-se bem) e há pratos bem gostosos (outros nem tanto). Escolher onde comer é uma aventura, pois muitos restaurantes não têm cardápio e muitos dos que o tem são sem figuras e todo em thai! Às vezes vamos até a “cozinha” e indicamos os ingredientes, ou vemos um prato que alguém está comendo e falamos que queremos um daquele. Mas com um detalhe importantíssimo – sem pimenta! Sério, o negócio deles com pimenta é um caso sério. Tem vez que engasgo, me falta ar e arde tudo só de ficar perto da cozinha deles, imagine comer!

Aos poucos, fomos adquirindo mais experiência e pegando os macetes dessa vida que levaremos por um tempo. Acordar, enrolar o colchão, dobrar travesseiro, empacotar tudo (o que secou e o que não secou) e colocar nos alforjes, desmontar a barraca, tomar café, escovar os dentes e pé na estrada! No meio do caminho é preciso decidir se estoca ou não comida e água, porque nunca se sabe se vai haver algum vilarejo (que não estão no mapa!). No final da tarde, o processo é contrário, desempacotando, armando barraca, além de cozinhar, muitas vezes, lavar e secar louça.

Outra coisa bem diferente são as pessoas, que fazem um alvoroço com a nossa presença, rindo de nós e falando mil coisas que não entendemos. Acham graça do jeito como falamos, de não entendermos o que falam, de tentarmos falar Thai, de estarmos viajando de bicicleta, enfim, de tudo. O povo aqui ri muito e é muito curioso. Quando estamos mexendo em algo diferente, como o filtro de água, as pessoas ficam olhando tanto, com tanta atenção, que o Marcos diz que vai vender ingressos.

Com certeza o conceito de limpeza aqui é diferente do nosso. Os banheiros raramente têm sabonete e não se usa papel higiênico, mas o tal do potinho para se lavar, técnica que ainda não aprendi muito bem. Na cozinha, o conceito de limpeza é também diferente, mas as comidas cozidas são bem cozidas, o que é frito é bem frito e o que é cru não comemos, só quando nós mesmos preparamos. Já comemos em diversos lugares e nada fez mal, até então. O pessoal daqui parece se preocupar com a água que bebe e ninguém bebe da torneira.

Nossa, tem tanta coisa nova que dá vontade de contar tudo, mas vou ficando por aqui!

Algumas cidades visitadas: Chachoengsao, Bang Sang, Prachin Buri, Pak Chong e Wichian Buri.

Facilidades inesperadas: Encontrar lugar para acampar, tomar banho! (Mãe, todos os dias, até agora!), comer muito barato.

Dificuldades: Comunicação, montar a barraca bem e rápido, calor e muito sol, beber água quente durante a pedalada (parece que não mata a sede!), sair bem cedo (arrumar as coisas antes do sol nascer é difícil, por causa do escuro e com lanternas não somos tão rápidos).

Os alimentos mais consumidos no período: arroz (papa e sem sal), sardinha enlatada, noodle, frango, ovo, banana (a preço de banana – uma dúzia por menos de 1 USD).

Dicas:

Alforjes: A ideia é colocar semelhantes junto com semelhantes, do tipo: coisas para dormir tudo junto, coisas para higiene junto, coisas para frio, coisas para calor, e assim por diante, de modo que fique prático para achar. Mas nem sempre isso é 100% possível, pois é preciso equilibrar o peso nos quatro alforjes (dois dianteiros e dois traseiros).

Língua: O pessoal por aqui não faz muita mímica, simplesmente fica falando, crente de que você está entendendo tudo. Temos um bloquinho com algumas frases escritas em Thai (cujo alfabeto é bem diferente do nosso) e algumas “como se lê”, como água, sem pimenta (por questão de sobrevivência), posso acampar aqui, posso tomar banho, remédio, hotel, quanto custa, obrigado, oi. Bem útil! Outras coisas boas são um bloco de papel e caneta, para o caso da comunicação verbal e gestual não rolar mesmo.

Placas: Não confie nas distâncias para cidades que as placas nas estradas indicam – em uma há indicação de uma distancia, e depois de alguns quilômetros em direção a ela, há outra indicando uma distância maior!

Higiene: É bem útil ter sempre papel higiênico e sabonete.

Confiram as fotos aqui!


- - - 



13/11/2011 - 19/11/2011 - From Bangcoc to Phetchabun, Thailand
 


On November 13, we finally started going in direction to Europe! We took a train to a station located far from downtown of the Thai's capital. Then, we proceeded by bicycle.


We had already decided to change our route some time ago and, as a result, we're not going to pass through Cambodia. We'd like to visit the Siem Reap's temples - called Angkor Wat - but we wasted our time waiting for my changed luggage. But the weather condition was the main reason that led us to give up, we didn't want to face the Russia's freezing weather (considering the route wouldn't change again). In addition, we got the information that the 360km-long pathway starting in Bangkok didn't have a beautiful view. So, we reformulated the route in order to go toward Northern Thailand. 


The first day was basically an escape from Bangkok. We biked for 70 km toward Chachoengsao, where we arrived late in the afternoon. So, the dilemma came out: Where can we put up our tent? After biking around the town, we decided to ask for a shelter in some temples, which are plentiful throughout the country. We ended up putting up our tent in a Muay Thai boxing ring where orphan children are taught and are cared by a monk who, by the way, welcomed us kindly offering food, bath and water.


Apart from the fact of sleeping in a temple, we realized that the shower and the flush toilet were luxury of Bangkok. We had a cold bucket bath and had to use a squat toilet, whose flushing mechanism is to throw water in it with the aid of little pot.


On the second day, we biked on a quiet narrow road, by the way, a very quiet one.  The landscapes were saturated with water in which we could see different kinds of animals, such as fish, shrimp, and squid. At night, we didn't hesitate in sleeping in a temple with a spacious outdoor area, It was a shelter for some few monks (maybe six monks, I think). We didn't even need an alarm clock because they started singing mantras that reverberated through the temple from a big powerful speaker. That was new to us!


So far, we had biked almost 200 km in a flat land, a completely flat one that was almost at the sea level. But, things changed on the third day when we got in the Khao Yai National Park. We faced a 35km-long ascent, cycling on a paved road which was surrounded by the forest - there were monkeys, birds and even elephants (We've seen only their feces!). We practically slept in a luxurious spa, it was a camping that had shower head (cold shower) and flush toilet. As we ascended almost 1.000m, the climate changed a lot - it was characterized by its cold nights and less sultry days. 


We spent the following day in the camping: we did the laundry, we wrote our posts, we rested, we took a walk, in short, we rested our legs! We did all that in the company of a lot of deer, which were seeking for food throughout the camping.


There, we met a cyclist couple who lives in Australia - Kora and Yan - they were traveling by bicycle from the UK toward Australia! Once the departed in March, they seemed to have background in this kind of trip, so we took the opportunity to share some ideas with them (We realized that we're not on the wrong way!).


We left the park and proceeded toward the North along some slightly busy narrow roads. Then, we took a road in the countryside, where there were lots of cultivated areas - corn, sugar cane, assava, delicious sweetsop, pitaya and rice. We cycled under the heat of the blazing sun for three days(It was very hot, even early in the morning!). Once we weren't passing through places visited by tourists, everyone stared at us: they smiled, they gave a thumbs-up to us and, many of them, said "hallo, hallo!". We slept two nights in lost temples in small villages and one night in a small hotel by the road side (It was a cozy place...not that clean one...and located in the middle of nowhere, there were few towns by the road side).


Cycling across narrow roads has its advantages and disadvantages. An advantage is the tranquility and the view, and disadvantage is that you have to cook in the evening (which means that you have to carry more load, do the dishes in the darkness and so one). On the other hand, there is always a town along larger roads where you can have dinner if you're not in the mood to cook. For the time being, we've been cycling across both large roads and narrow ones. We always have lunch in restaurants (I'm not sure if we can call those places restaurants). The food is very cheap (US$ 1.00 or US$ 2.00) and there are very delicious dishes and also not that delicious ones. Choosing what to eat is an adventure because many restaurants don't have a menu and when there is one, it's written in Thai and there is no illustrations! Sometimes, we have to either go to the kitchen to indicate the ingredients we want or choose the dish by looking what someone else is eating. We don't forget a very important detail - no pepper! I'm not kidding, their taste for pepper is a serious case. Sometime I choke by only staying near the kitchen, imagine what if I eat their spicy food!


Day by day, we started getting more and more experience and learning the ins and outs of the new routine we'll face in the following months: Waking up, rolling up the sleeping pad, folding the pillow, packing everything in the panniers, disassembling the tent, having breakfast, brushing the teeth to finally hit the road! It's important to decide whether or not to carry food and water, because you never know if you'll find a village on the way (they are never indicated on the map!). At the end of the day, you have to do the reverse process: unpacking things, putting up the tent, cooking, doing and drying the dishes.


People's behavior is a little bit weird to us. They just get rowdy with our presence, they laugh at us and speak a lot of things we don't understand. They laugh at the way we talk, the fact that we don't understand them, the fact we try to speak Thai, the fact we're traveling by bicycle. In short, they laugh at everything. Here, people laugh a lot and are very curious as well. When we're handling something unknown to them, like a water filter, they stare at it so much that Marcos said that he'll start charging them (lol).


Here, the cleaning concept, without a doubt, is different from ours. The toilets seldom have soap and toilet paper is not used at all; instead, they use that pot for washing (a technique I haven't learnt very well). In the kitchen, the cleaning concept is different too but the dishes are well prepared (we don't only eat the raw dishes, we eat only those which are prepared by us). So far, we have eaten in several places and we haven't got sick yet. Here, people seem to worry about the water quality, nobody drinks tap water.  


Wow, we've experienced so many new things that I want to write about at once, but that's all for now!



List of visited towns and villages: Chachoengsao, Bang Sang, Prachin Buri, Pak Chong and Wichian Buri.


Unexpected facilities: A place to camp, daily bath (Mom, I've taken a shower everyday so far!) and cheap food.


Difficulties:  Communication, putting up the tent properly and fast, hot weather, the blazing sun, drinking warm water during the ride (It seems that it doesn't quench our thirst!), hitting the road earlier (packing things before the sun rise is difficult because it's dark and we're not so fast handling lamps).


The most consumed food so far: rice (mushy and tasteless), canned sardine, noodle, chicken, eggs and banana (You can get a dozen for a song, only US$ 1.00)



Tips:



Panniers: The idea is to group and store alike stuff, like sleeping, personal hygiene, cold weather, hot weather and so one. So that it gets easier to find them. But, that's not a hundred percent possible, once you have to balance the load on the bikes (two panniers are placed on the front and two on the back).


Language: Here, people don't care if you don't understand what they're saying, they just keep talking. We have a notepad on which we wrote some useful words and phrases in Thai and in the way they are pronounced (Thai's alphabet is quite different from the Brazilian one) - some examples: water, no pepper (it's a matter of survival), can I camp here?, can I take a shower?, medicine, hotel, how much is it?, thank you and hi!. In case of failure in verbal and body language communication, a pen and a piece of paper are very useful.


Traffic signs: Don't trust in the distance data between cities provided by traffic signs - A traffic sign indicates a certain distance but, kilometers ahead, there is other one indicating a distance even greater than the previous one!


Hygiene: It's useful to carry toilet paper and soap, in case you need.

Check the photos here!




14 de nov. de 2011

Photos: Bangkok

 

Confiram as fotos atualizadas aqui!

Check the new photos here!

Bangkok

Posted by Marcos

Enfim, Bangcoc. Que movimento! Viadutos e carros, muitos carros, carriolas, motos, caminhonetes carregadas de gente atrás, lambretas carregadas de comida, pneus e gente, às vezes tudo junto em uma só motoca. Para completar, aqui a mão é inglesa, o que dá um nó no cérebro! 

Nossa saída do aeroporto foi uma adrenalina. Tentamos uma tarde inteira sair de lá – metro, ônibus, taxi, van, mas nada deu certo. Fomos pedalando mesmo. Peguei algumas informações , sobre a saída mais segura para bikes, o que foi bem complicado, pois quem falava inglês não tinha muita ideia das estradas. Claro que nos perdemos, mas bem feio mesmo. Fomos para o lado errado. Na cidade, que achávamos que era Bangcoc, dois ciclistas, com um inglês arrastado, nos disse essa pesada notícia. Voltamos os 18km pedalado, sob sol forte e sem protetor solar (estava na mala da Suíça, filha da mãe!).

Já bem desanimados, sem saber por onde ir, surgiu um ciclista loiro. Esse fala inglês! Era um belga, Stefan que estava indo para Bangcoc e disse para seguirmos ele. Não titubeamos e fomos!

Vimos muitos carros encostados nos viadutos, de pessoa que tentavam salvá-los das enchentes na cidade. Logo o Belga pegou uma estradinha muito menos movimentada e com muitos ciclistas estradeiros, de todo tipo, como é bom isso! Nos sentimos em casa, ainda mais com todo aquele calor, e que calor, muuuuuito calor! rs

O Stefan parou em seu destino, fez um mapa para podermos chegar à casa da Manu e do Rodrigo, e seguimos adiante por entre o caos! Logo chegamos e finalmente banho e cama! Dormimos das 4 da tarde às 4 da manhã. Dali em diante, estávamos empenhados a correr atrás da bagagem ligando e mandando e-mails, o que já contamos com detalhes e revolta em outro post. Nesse meio tempo, tentávamos aproveitar Bangcoc turisticamente, se foi assim traçado nosso caminho, por linhas não tão retas...que assimilemos tudo isso de modo positivo!

As ruas são repletas de carriolinhas de comidas típicas, apimentadas, salgadas, doces, fritas, sujas e limpas. Tudo isso com um pouco mais de pimenta, muita mesmo! Mas queríamos comer comida típica, mergulhar de cabeça na cultura local. 

Visitamos parques e templos, nos adentramos num Espaço de Estudos que quase não tinha turista, mas fomos agradavelmente acolhidos por um monge (“Come in, come in)” que saía de uma sala onde havia um Buda grande e dourado, sentado em posição de meditação, com muito adorno ao redor, algumas caixinhas para doação (todas escritas em Thai. Simplesmente fizemos uma doação, sem saber pra onde, pra quem e porque), e muitas senhoras ao fundo a conversar e comer, algumas outras logo à frente a rezar e a meditar. A intenção inicial era ir até o famoso templo que tem um grande Buda de esmeralda (na verdade de zafira) – Wat Phra Kaeo, mas no caminho até lá fomos abordamos muitas vezes por tuk-tuks e pelos seus comissionados que queriam fechar um pacote de visitações conosco por 100 Baht (USD 3,33), que logo baixou para 20 Baht por hora, mas a insistência e a conversa boba deles nos deixou irritados, muita forçação de barra! Mas compreendíamos que estavam fazendo seus trabalhos e agradecemos o mais gentilmente possível e seguimos a pé. 

Passamos em frente ao Palácio do Rei – Chitralada Villa - enorme, muito arborizado e limpo. Passamos também em frente ao Zoológico, de onde fugiram 15 cobras Mambas Africanas, perigosíssimas e que por sorte não as vimos; passamos diante da Assembléia Nacional, Ministérios e Embaixadas, todos com sacos e mais sacos de aniagem cheios de areia ao redor das construções, para proteção contra as enchentes e, em alguns deles, com paredes recém-construídas para também proteger o prédio da enchente. Tínhamos a notícia que seria questão de tempo até a água chegar em toda aquela região, só restava preparação para minimizar o que poderia ser muito pior, aliás, vez ou outra víamos grandes caminhões do exército tailandês carregados de suprimentos – água e alimentos, principalmente, a perambular pela cidade e próximo ao Ministério da Defesa Nacional.

Conseguimos visitar muitos lugares, turísticos ou não, alguns shoppings (indo atrás de água mineral, em falta devido às enchentes), conhecemos as linhas do “aero trem”, shoppings de informática, para comprar alguns itens restantes para a viagem e ainda pudemos conhecer um pouco do jeito de alguns tailandeses nas negociações e no seu jeito de ser do dia-a-dia. Vimos que todos os lugares têm uma foto do rei e um pequeno templo, chamado de casa dos espíritos, em frente o qual as pessoas fazem uma prostração, rezam e agradecem. Eles estavam sempre rodeados de oferendas, como bebidas, comidas, incensos e flores. Vimos também alguns monges nas ruas, com cestos para que as pessoas doem alimentos e outros produtos. Eles só podem usar coisas doadas, não podem comprar nada.

Na noite do dia 10 de Novembro, celebra-se o período do fim das águas: colocam-se barquinhos cheios de adornos e velas e soltam-nos num lago ou rio, como forma de agradecer pelas águas que já passaram... e que passem mesmo, por um bom tempo! Aproveitamos a ida ao parque para ver a cerimônia e jantamos na rua um prato tailandês preparado na hora, muito gostoso, com macarrão de arroz, frango, broto de feijão, tudo na frigideira, e com algumas lascas de cenoura, barato e gostoso – 40 Baht (cerca de R$2,00).  No momento, ainda não estávamos preparados e não poderíamos nos dar ao luxo de passar mal, então os grilos fritos que vimos em uma das barraquinhas para vender ficarão pra uma próxima, ou quem sabe no interior da Tailândia. Grilo é estranho, mas um iogurte foi o pior. Simplesmente uma refeição brasileira, arroz, milho e feijão, dentro de um pote de iogurte. Nojento!

Agora estamos pedalando pela Tailândia, e o acesso à internet está escasso. Vamos tentar postar o mais frequentemente possível!

Dicas ao viajante, ciclista e curioso:
Alimentos típicos: milho, macarrão de arroz, noodles, arroz, ovo; carnes: frango, peixe, pato, porco, frutos do mar (assados, refogados e fritos); frutos comuns: pitaia, banana (preparada assada, muitas vezes), melancia, abacaxi, manga verde (as frutas vendidas nas ruas são vendidas picadas, muitas vezes); para os amantes de leite fermentado (mais conhecido pela marca Yakult no Brasil), aqui possui versões em diversos tamanhos até 400 ml. Alimentos raros:  queijos, frios em geral, feijão (só no iogurte).
Língua: complicada é pouco.



Finally, Bangkok. What a rush! Lots of overpasses and cars... many cars,  tuk-tuks, motorcycles, trucks packed with people and wheelbarrows packed with food, wheels and people as well (sometimes, packed with all of them at once). To get better, Thailand is a country with left-hand traffic, which confuses us a lot!

Getting out of the airport was an adventure full of adrenaline. We spent a whole afternoon trying to get out of there – by subway, bus, cab, van.. but we failed. So, we decided to ride our bikes. We got some information about a safety pathway for bikes, which was rather complicated because who could speak English, couldn’t give us all the information we needed. We obviously got lost.. seriously lost! We went to the opposite direction. In a town, which was supposed to be Bangkok, two cyclists gave us that terrible news. He had to come all the 18km-long way back, under the blazing sun and with no sunscreen on (which was in luggage before that Swedish girl take it way.. damn it!).

We were unexcited, we didn’t know where to go. But, All out the sudden, a blond cyclist came to us. He did speak English! Stefan is Belgium and was biking to Bangkok, so he proposed us to follow him. We didn’t hesitate in accepting his invitation.

On the way we saw several cars parked on the overpasses, they belonged to people who was trying to keep them safe from the floods. Then, The Belgium guy took a non-bustling narrow road where we met many bicycle travelers from all over the world. That was really cool! We felt at home, even though it was very hot, sooooo hot! LOL

When Stefan arrived at his destination, he drew a map to help us to get to Manu and Rodrigo’s house, so we proceeded  towards to the chaotic traffic. Later on, we arrived at our destination and we finally could take a shower and go to bed! We slept for about twelve hours, from 4 O’clock p.m. to 4 O’clock a.m. From that moment on, we were totally focused on finding my luggage (We’ve detailed that in a previous post). Meanwhile, we tried to enjoy our staying in Bangkok. "If our lives don´t always follow an easy course, we have to face it in a positive way".

On the streets, there were lots of wheelbarrows carrying local food for sale (spicy....too spicy, salty, sweet, fried and also dirty ones). We wanted to try the local food to dive in the local culture.

We visited parks and temples. We got in a studying place where there were no tourists, but we were warmly welcomed by a monk. We heard someone saying “Come in, come in” from a room which had a big golden Buda’s sculpture sat in a meditation posture surrounded by lots of ornaments. There were some donation boxes with messages written in Thai on them (we simply donated without knowing their destination and their purpose). There were some women catching up and eating in the background, as well as some others praying and meditating. 

Our previous goal was to visit Wat Phra Kaeo (a temple where there is a big sapphire-made Buda’s sculpture), but, on the way, we were approached by tuk-tuks and their representatives that initially offered us a tour package for 100 Baht (USD 3,33) that quickly was cut down to 20 Baht per hour. Their persistence and idle talk ended up irritating us a lot! Once we knew that they were just doing their job, we thanked as kindly as possible and then we proceeded on foot.

We passed by the King’ Palace - Chitralada Villa – It was a clean enormous bosky palace. We also passed by the Zoo, whence had just escaped fifteen venomousblack mambas (we luckily didn’t see any).  We also passed by the Parliament House of Thailand and embassies, which were surrounded by sandbags and newly built walls in order to avoid floods. It was said that this region would be under water in just a matter of time and the actions to be taken could only minimize its impacts. By the way, we saw big Thai army trucks carrying supplies, such as water and food, in the city and around the Ministry of National Defense.

We were able to visit many touristic or non-touristic places like malls (we were attempting to buy mineral water – it was hard to find due to the floods). We visited the lines of Bangkok's skytrain, we went to computer stores to buy some needed items for the trip and we also had the opportunity to meet a bit of the Thai’s way of living. We noticed that there was a picture of the king and a little temple named “spirit houses” everywhere we went. There, people prostrated, prayed and thanked as well. The spirit houses were surrounded by offerings, like beverage, food, incense and flowers. We also caught sight of some monks standing on the streets holding baskets go get some food and other stuff from donations. They themselves cannot buy anything, so they have to consume and use donated things. 

In the evening of November 10, it’s celebrated the end of the water season: little “floating boats” containing offerings (called krathong) are placed on a lake or a river to thank for the water which has gone…I do hope it’s gone for a long time! We went to a park to see that ceremony and to dine out on the streets. We ate a cheap delicious Thai dish which was prepared on a frying pan right before the consumption – It consisted of rice noodles, with chicken, with bean sprouts and grated carrots (It cost 40 Baht  - R$ 2.00). 

At that moment, we couldn’t and also were not prepared to get sick yet, so we decided not to try the fried crickets we had seen in a stall (maybe next time in the countryside). Eating crickets must be weird, but having a Brazilian meal (rice with corn and beans) in a yogurt pot  was simply disgusting!

Now, we are biking across Thailand but the Internet access is scarce. So, we'll try our best to post more frequently!

Tips for the traveler, cyclist and curious one:
Local food: corn; rice noodle; noodle; rice; eggs; meat (chicken, fish, duck, pork); baked, braised or fried sea food; typical fruit: pytaia, banana (usually baked), watermelon, pineapple, unripe mango (fruit are usually sold cut in pieces); for the lovers of Yakult (the most famous fermented milk brand in Brazil), there are  some brands which sells it in 400mL bottles. 

Scarce food: cheese, cold cuts (in general) and beans.

Language/communication: It's way too complicated!

Cyclists in Bangkok: Avoid biking, there are many cyclists but the traffic is chaotic. The motorcyclists ride on the wrong side of the road, but it's absolutely common there (When a car comes toward them, they simply get on the sidewalk). When you first arrive in Bangkok, keep your bike wrapped and take a spacious cab or a train.

Tourists: People approach tourists a lot, they tell lies and foolish stories which may annoy you a little bit. When you start losing you temper, just pretend you don´t speak English.

O caso bagagem - The luggage

Posted by Marilia



Em 02/11/2011 chegamos ao Aeroporto Suvarnabhumi, por volta das 10h da manhã, horário local, depois de 15h de viagem, fazendo escala na ilha de Palma de Mallorca, na Espanha e Dusseldorf, na Alemanha.

Nas três aterrisagens que fizemos, vimos visuais impressionantes. Primeiro na ilha espanhola, vimos uma paisagem litorânea muito bonita, com muitas rochas à beira mar, águas claras e escuras misturadas e vilarejos entre as rochas. No voo para Dusseldorf, sobrevoamos os Alpes e dentre muitas montanhas a mais famosa: o Mont Blanc. Muito gelo cobrindo seus picos e vilarejos por entre montanhas e próximos aos rios. Magnífico visual, de arrepiar!

Em Dusseldorf, logo no desembarque, o Marcos viu nossas bikes e as bagagens pela janela do avião, transitando do avião para o carrinho, e notamos que um dos pacotes (com dois alforjes dentro) tinha se desmanchado. Começaria aí uma grande confusão de bagagens. Notamos tudo isso e fomos falar com a empresa aérea. Fomos muito bem atendidos pela Daniela, uma alemã de nome italiano, com quem eu fui foi atrás da mala órfã sem identificação que estava na esteira e ficaria em Dusseldorf, se não tivéssemos visto a confusão. A bolsa do alforje estava nua e eu achei melhor  embalá-la e como estava sem o dinheiro naquele momento, a Daniela além de conseguir um desconto pela embalagem, pegou dinheiro emprestado com um de seus colegas do checkin. A bagagem foi despachada e fomos para a sala de espera.

Durante as 4h de espera, observávamos a salada cultural que compunha a sala de espera: alguns tailandeses, alguns monges e muitos turistas jovens, com mochilas nas costas e guia turístico nas mãos.
A vista chegando à capital tailandesa foi de arrepiar também, mas pelas gigantescas poças que cobriam boa parte da cidade. Era água pra todo lado e aquele suspense: será que dá pra pedalar por aí? A água em si não é o único problema, há também as doenças e falta de suprimentos.

Chegando ao aeroporto, pegamos uma longa fila para apresentação do passaporte e quando chegou a nossa vez, os caras falavam algo que não dava para entender. Eu olhava para o Marcos, que olhava para mim e pensava que a comunicação naquele país não seria nada fácil. O cara perdeu a paciência e o seguimos até o departamento de saúde, onde tínhamos que comprovar a vacinação da febre amarela.

Quando chegamos às esteiras, havia poucas bagagens. Pegamos as nossas rapidamente e as bikes no setor ao lado para bagagens grandes. Nesse momento, o Marcos notou que uma das minhas malas não era a minha. Registramos a ocorrência junto à Cia Aérea – Air Berlin - e Aeroporto e começou uma busca sem fim. 

O primeiro absurdo foi nem aeroporto, nem Air Berlin, quererem fazer ligação internacional, para o celular cadastrado no sistema deles. O segundo foi eles não me falarem, naquele momento, que não tinham ligado, mas sim que o telefone da garota não estava funcionando. Eles mandaram uma mensagem para o celular e um e-mail e isso era o que podiam fazer, dizendo sempre que à tarde a garota apareceria atrás da mala dela.

O dia inteiro se passou e nada. Não tínhamos direito a nada e ninguém queria se responsabilizar pela mala. Dormimos quatro noites nos bancos do aeroporto, frio, barulhento e cheio de guardas pedindo passaporte a todo momento, o que era bastante constrangedor para todos que andavam por lá.

Dormimos quatro noites no aeroporto, pois todos os hotéis próximos estavam lotados por conta das enchentes na capital Tailandesa, e não queríamos ficar distantes do aeroporto, a fim de ficar sempre pressionando o pessoal responsável. Aliás, responsável mesmo não havia, pois nem a Cia aérea, Air Berlin, nem o aeroporto se responsabilizavam por nada, a partir do momento que surgiu a forte suspeita de que a mala não estava extraviada.  Foram quatro dias de muito estresse, perambulando pelo aeroporto em busca de pistas da menina, que não dava sinal de vida. A impressão que tivemos era que eles achavam que os culpados éramos nós, pois tudo caminhava muito devagar, pois todos diziam que já tinham feito tudo que era  possível (mandado mensagem de celular à garota e e-mail), e que precisávamos esperar ela retornar o contato. Eles diziam “go home, go home”, e explicávamos centenas de vezes que nossa “home” era nossa barraca, e cada noite em uma cidade. Mas isso era algo que não entrava na cabeça deles. No terceiro dia, fiz um boletim de ocorrência junto à polícia, pois achava que a menina poderia ter roubado minha mala. 



Depois dos quatro dias no aeroporto, vimos que já tínhamos feito tudo que podíamos lá e que estar no aeroporto não seria mais útil, além de ser muito cansativo. Por sorte, havia um casal (Manu e Rodrigo), do tipo “amigo do amigo”, que além de brasileiros, eram de São Carlos, para quem explicamos a situação, que nos disseram para ir à casa deles.  Já da casa do pessoal saocarlense, nossa busca continuou. Por algum motivo, a menina finalmente me mandou um e-mail, dizendo que só notou a troca da mala quando estava no hotel em outra cidade, onde ela havia deixado minha mala para ir para outro lugar e que não sabia se eles a guardariam. Disse ainda que ela não poderia sair de onde estava naquele momento, que eu deveria dar meu endereço a ela que, por volta do dia 20 de Novembro, ela estaria de volta no país dela e me mandaria a mala. Sei! Respondi a ela que eu não poderia sair sem a mala e que não estaria em casa por uns bons meses e dei o telefone do setor de bagagens perdidas do aeroporto, que coordenaria o retorno da minha mala para Bangcoc. A reposta da garota foi inacreditável, dizendo que não estava mais com a mala e que não poderia fazer nada. “Je suis désolée”.

Uma ova! Mandei todas as informações para a embaixada do Brasil na Tailândia, que imediatamente mandou um e-mail em francês (detalhe, a garota dizia que não falava inglês, por isso eu estava arranhando meu francês tosco com ela) dizendo que se ela não me informasse os dados do hotel onde minha bagagem estava, eles acionariam a polícia tailandesa. Logo a menina mandou um e-mail em inglês (supostamente um amigo havia escrito) dizendo que estava indo para o hotel e levaria minha mala ao aeroporto da cidade, o qual mandaria para Bangcoc. Agora sim!

No dia seguinte minha mala estava em Bangcoc e fui pegá-la. Toda revirada, com um shorts a menos, itens usados, como roupas, protetor solar, sabão e sabe lá mais o que! Uma menina porca, mal educada e sem noção, para não falar mais nada. Reclamei junto ao aeroporto, que não se sente responsável por nada e muito menos a Cia aérea, a Air Berlin. Eles dizem que o fato da minha mala estar na minha mão, com ou sem as coisas, é indiferente para eles. Legal, hein! O que me restou foi a polícia. Fiz outro boletim de ocorrência na polícia, mas só por desencargo de consciência, pois queria mais é começar a nossa viagem! 

Os dias aeroporto foram cansativos. Tentava dizer a mim mesma para confiar nos acontecimentos, pois acredito que nada é por acaso e que, de alguma forma, as coisas seguiriam o rumo certo. Mas muitas vezes era difícil acreditar em mim mesma e chorava algumas vezes, mas outras vezes ríamos muito das coisas que víamos e da nossa situação.

O fato foi que os dias em Bangcoc nos fez organizar algumas coisas, como a rota. Pesquisamos mais sobre os alagamentos, sobre as saídas seguras de Bangcoc e detalhamos muito bem a rota na Tailândia, com um mapa que compramos do país.

Agora, bola pra frente, porque queremos mais é pedalar e relaxar pelas paisagens da Tailândia!
Muita obrigada à Manu e Rodrigo!

Dicas:
Mala: Essa é óbvia, mas bobeamos – sempre coloque algo que deixa sua mala ÚNICA.
No aeroporto de Bangcoc há muitos lugares para comer e que são baratos, além de mercadinhos que vendem um pouco de tudo. Viver no aeroporto não é caro, mas evite. No primeiro andar tem uma praça de alimentação que é ainda mais barata.

- - -


On November 2, 2011, at around 10 O’clock a.m. local time, we arrived at the Suvarnabhumi airport, Bangkok, after a fifteen-hour-long flight, taking connecting flights in Palma, capital the Mallorca island (Spain), and in Dusseldorf, Germany.
As we landed three times, we caught sight of some breathtaking landscapes. Flying over the Spanish island, we saw the beautiful coastline, with lots of rocks, clear and dark water meeting and some villages among the rocks. In the flight to Dusseldorf, we flew over the Alps and, among many mountains, we caught sight of the most famous one: Mont Blanc. It’s covered by layers of ice and there are villages and rivers nearby. That was such a magnificent view, just stunning!
From the plane window, right after landing in Dusseldorf, Marcos saw our bikes and luggage being transferred to the baggage carts. He noticed that one of the packages, which contained two panniers in it, had opened accidentally. That was just the beginning of the big mix-up regarding our luggage.
After getting off the plane, we proceeded to the airline’s desk to report what had just happened to our belongings. We were well assisted by Daniela, a German woman with an Italian name, who helped us to find our lost luggage on the baggage carousel. It would stay in Dusseldolf if we hadn’t noticed that confusion.
During the four-hour-long wait, we’ve observed the cultural mix in the airport waiting room: we’ve seen some Thai people, monks and many young travelers carrying backpacks and guidebooks. 
The view of the capital of Thailand was stunning too, but due to the flood that covered a considerable part of the city. There was water all over and we wondered: Will it be possible to ride a bike around here? But, water isn’t the only problem; there are risks of illness and lack of supply.
When we arrived at the airport in Bangkok, we had to wait in a long queue to get our passports checked. In our turn, the attendants spoke in such a way that was too hard to understand. Marcos and I looked at each other’s eyes and we realized that the communication wouldn’t be that easy in that country (I think the guys lost their patience). Before going to the baggage claim area, we proceeded to the medical department where we had to prove we took the Yellow Fever vaccine.
As we got in the baggage claim area, we noticed that there wasn’t a lot of luggage on the baggage carousel. So, we quickly picked up our stuff and got our bikes in a specific place for big baggage. At that moment, Marcos noticed that one of “my” luggage wasn’t mine in fact, someone had changed it. We reported that to the airline company – Air Berlin – and the airport attendants started a never ending search.
The first non-sense fact was that neither the airport nor Air Berlin wanted to make an international call to the owner of that luggage, whose cell phone number was registered in their database. The second one was that they didn’t tell us they hadn’t phoned her; instead, they lied to us telling that her cell phone wasn’t answering. So, they only sent her a text message and an email, arguing that sooner or later she would ask for her luggage at airport.
At the end of the day, the problem hadn’t been solved yet. He had no right, nobody wanted to take responsibility for the luggage. As a result, we had to sleep on the airport seats for four nights. It was cold, noisy and full of guards asking for our passports all the time, which was so embarrassing for us and for everyone walking around.
We slept at the airport because all the hotels nearby were booked up due to floods in the capital of Thailand. Besides, we didn’t want to stay away from the airport in order to continue pressing the responsible ones. By the way, there were no responsible people because neither the airline, Air Berlin, nor the airport took responsibility for anything, especially when a strong suspicion that the luggage wasn’t only changed came up.
Those four days were very stressful; we wandered at the airport looking for hints that could take us to that girl. We got the feeling they were thinking we were guilty, that situation wasn’t getting solved and they said they had done what it took to contact the girl and that we should just wait for the reply. They said: “Go home, go home”. We tried to explain that our home was our tents and that we’d spend each night in a different town, but that seemed to be something they couldn’t understand.
On the third day we filled out a police report form at the police station because we suspected that the girl had stolen my luggage.
After staying for four days at the airport, we realized we had done everything we could and that it wouldn’t be useful to remain there any longer, besides it was exhausting. Luckily, we met a Brazilian couple (Manu and Rodrigo) that are also from Sao Carlos, Sao Paulo. After explaining them our tough situation, they kindly offered us a shelter at their house. But our search hadn’t ceased yet, we continued it from the “Saocarlense’s” house.
For some unknown reason, the girl finally replied the email explaining that she only noticed the luggage change when she arrived at a hotel in other city; she also said that she left my luggage there and didn’t know if the hotel would store it. To complicate a bit more, he said that she couldn’t bring the luggage to Bangkok at that moment, asking for my address to send it from her country to Bangkok only on November 20. No way! I replied to her saying that I couldn’t depart without my luggage and that I wouldn’t be at home for some months; I also informed her the phone number of the airport’s lost luggage department which was in charge of sending my luggage back to Bangkok. The girl’s response was unbelievable: she said she couldn’t do anything regarding my luggage once it wasn’t with her any more. “Je suis désolé”.
No way! I reported everything to the Brazilian embassy in Thailand, which immediately sent an email in French explaining that if she didn’t inform the location of the hotel where my luggage was stored in, they would call the Thai police (the girl said she couldn’t speak English at all, that’s why I was trying to write the emails French).
Finally, the girl sent us an email in English saying that she was on her way to the hotel to catch my luggage and send it back to Bangkok (I suppose the email in English was written by some friend). Anyway, I finally caught my luggage in Bangkok on the following Day. It was such a mess: some items were missing while others were worn/used, e.g. clothing, sunscreen, soap and so one. In short, she is a nasty, rude, non-sense girl.
I’ve complained with the Airport and the airline, but they just took me for granted. For them, it didn’t matter whether my luggage contained my belongings or not. Cool, right?! I filled out another police report form at the police station, just for my conscious’s sake. Now we just want to start out trip!
The days at the airport were in fact exhausting. I tried to tell myself to trust in happenings, because I believe that nothing is by chance and that, someway, things happen the way they should do. But, it was hard to believe in myself sometimes. So, we cried sometimes but we also laughed a lot at things that happened and our situation as well.
The fact is that the days we spent in Bangkok allowed us to organize some things, the route for example. We had time to research more about the floods as well as alternative routes to avoid flooded areas in Bangkok. We also detailed the route in Thailand with the aid of a map.
Now, let’s move on! Because all we want to do is to ride our bikes across the Thai landscapes and relax!
Manu and Rodrigo, thank you so much!
Tips:
Luggage: That’s obvious, but we slipped up – Pack your belongings in a single luggage or/and tie your luggage together.
Airport: There are many non-expensive places to eat at the airport, besides the stores which sells a bit of everything. Living at the airport is not expensive, but avoid it (lol). There is a food court on the 1st floor at the Bangkok’s airport which sells even cheaper things.
Stay tuned!

7 de nov. de 2011

Photos: Barcelona

 

Esta e outras fotos vocês poderão ver aqui.

Check this and other photos here.

6 de nov. de 2011

Barcelona

Posted by Marilia


Depois de todas as emoções dos preparativos, veio uma emoção ainda maior: a partida. Sentimos um misto de felicidade, de estarmos finalmente partindo depois de tanto planejamento e dedicação, e de tristeza de sabermos que ficaremos longe por alguns bons meses de tantas pessoas queridas.

O fato foi que no dia 25 de Outubro estávamos voando para Madri, onde chegamos 11h depois, às 8h da matina em Brasília, e às 12h na capital espanhola. A viagem de avião até Madrid foi cansativa, só com algumas cochiladas entre algumas turbulências que chegavam a nos acordar.

Depois de rodar muito no imenso aeroporto, percebemos que voar para Barcelona iria causar um dano profundo nas finanças (¢120,00/passagem), então, com a ajuda de um “portunhol” barato nos informamos e compramos duas passagens de ônibus para Barcelona por ¢60,00. Foi apenas a primeira compra cujo atendente é uma máquina e não está em um guichê, além de ser bem esperto e falar diversas línguas. Vale a dica que se você não encontrar essa máquina ou tiver dificuldade, é possível comprar passagens de ônibus em uma agência de turismo no aeroporto que, claro, cobra uma taxa por passagem (¢6,00). Além disso, essa “mini rodoviária” está no terminal 4 (T4) do aeroporto de Madri, que fica distante dos outros 3 terminais, então é preciso pegar um ônibus gratuito (número 200, à época).

Entramos no ônibus comendo uma baguete com “tortilha” (basicamente um omelete de batata, bem típico da Espanha e bem gostoso) e nos ajeitamos para 8h de viagem, que foram ótimas! Tudo era novidade, até o banheiro do ônibus que não fica no fundo, mas sim no “subsolo” do ônibus. Mas o mais divertido foram as paisagens bem diferentes das do Brasil. Solo arenoso, vegetação rasteira, plantações de azeitonas e de outras coisas não identificadas, fora as hélices imensas para geração de energia através dos ventos, que aliás são fortíssimos na região!

Já tarde chegamos à “Estación Sants” e pulamos do ônibus, cada um com uma sacola de bagagem. Vale a dica que se você for de ônibus à Barcelona, há duas estações, a Sants e a Nord. Pegamos o metrô e depois um “ferrocarril”, que é uma espécie de metrô um pouco mais lento. A dica para o viajante é que quando você for comprar um ticket de algum transporte, a melhor opção, se você for usar muito, é o bilhete com 10 unidades, na zona 1 (abrange toda a cidade de Barcelona). Com este bilhete, você pode pegar qualquer tipo de transporte e os próximos são de graça na próxima hora. O transporte público em Barcelona é impressionante, com malhas de trem, metro, ferrocarril e ônibus pela cidade inteira, fora as bicicletas para alugar que ficam espalhadas pela cidade toda e que é muito usada pelos moradores da cidade. Não é para menos, a cidade é plana e com o trânsito muito bem organizado, com muitos quilômetros de ciclovia e onde não há, os motoristas respeitam o compartilhamento da rua. É de tirar o chapéu! Pedalar em Barcelona é uma atração à parte!

Não tivemos muito tempo para fazer turismo, pois tivemos que comprar algumas coisas que faltavam, mas aproveitávamos e íamos andando, passando por lugares bem bonitos. Foi até engraçado, quando estávamos indo a uma bicicletaria e demos de cara com a Sagrada Família e levamos um susto de tão grande que ela é. De um lado é moderna e do outro parece um castelo de areia gigante! Conhecemos também o bairro gótico, que é uma parte bem antiga da cidade, com ruas estreitas e muros imensos de pedras. Em um dia livre para turismo, alugamos duas bicicletas por 4h e fomos ao Montjuic (morro dos judeus), onde visitamos um castelo imenso e mirantes que davam vista à Barcelona inteira. Ainda de bicicleta, demos uma volta pela orla e conhecemos a Marina e a “praia” deles, cuja areia é trazida de outro lugar, e uma corrente marítima a leva para um ponto em que há toneladas de areia acumulada. 

Bom, claro que antes de tudo isso fomos ver as “bicis” que havíamos encomendado. Logo no primeiro dia fomos à bicicletaria e lá estavam elas expostas, lindas e perfeitas para viagens longas.
Na última noite em Barcelona, ficamos horas desmontando as bicicletas para colocar nos malabikes e as tralhas todas nos alforges. Deu um trabalho do cão, mas coube tudo e para uma viagem tão longa, até que foi pouca coisa, mas claro que tivemos de pedir um taxi grande. Marcamos para às 6h da matina e nessa hora fomos ao aeroporto rumo à Bangcoc! Mas antes fomos para a alfândega para receber o IVA de volta, um imposto válido somente para moradores do país que para certos produtos acima de 90 euros pode ser reembolsado. É preciso solicitar nas lojas o “tax free” ou “Global blue” e a nota. As lojas que não possuem convênio com esses dois, emitem uma nota que podem ser reembolsadas também.

Mais uma partida! Gostamos muito de Barcelona e queremos voltar com mais tempo. Muito obrigado pela ótima estadia, “tita”! Hasta la vista!

No momento, estamos em Bangkok em busca de uma de nossas malas perdida! Fica o mistério até o próximo post!





 
Design by Wordpress Theme | Bloggerized by Free Blogger Templates | free samples without surveys