11 de fev. de 2013

Nossa odisséia não para!

 
De Barcelona, Espanha a Cazadero, EUA. De 29/12/2012 a 11/02/2013.

Já faz mais de um mês que partimos da Europa e chegamos aos Estados Unidos.
Para chegar aqui no Centro Budista, não foi lá das coisas mais fáceis não, principalmente nos últimos 20 km, com trechos de até 18% de inclinação. subindo, subindo... neste trecho fomos nos afastando do mar, mas sempre a vista do mar até os 500 m de altitude – incrível, até que em certo momento, no meio de parques e florestas, perdemos de vista o tão belo mar.


Ops, mas a nossa história não começa por aqui! De Barcelona pingamos em Amsterdam e chegamos finalmente no aeroporto de São Francisco: cansados, quase mortos pelo tal do “jetlag” - o sol não se pôs para nós naquele dia, não tivemos noite!!! Algum tempo para passar pelo controle policial na fronteira e estávamos nós, felizes, com as bikes e bagagens em mãos! Montamos tudo e, num cantinho do aeroporto dormimos até o dia seguinte. Dali seguimos rumo à cidade de São Francisco mas, infelizmente, por estrada proibida (freeway), vimos as placas quando já estávamos lá no meio da estrada e antes de pegarmos a saída da estrada um policial com seu alto-falante e sirene nos parou. O policial não foi dos mais simpáticos parecia mesmo um daqueles policiais meio panacas dos filmes. Mas seguimos suas instruções e em poucos minutos estávamos na cidade.
Passamos a virada do ano capotados na casa do Dan – outro Couchsurfer. No primeiro dia do ano, seguimos para Oakland de metrô, já que a ponte para chegar até lá não permite bicicleta. Fomos à casa do Michael, um amigo do amigo dos pais da Lila, e da Jill, sua esposa. Ele nos cedeu seu aconchegante estúdio, onde ficamos uma semana! Aproveitamos para fazer algumas compras e renovar o “guarda-roupas” para os próximos meses, já que nos próximos dias não teríamos mais a mesma vida nômade, passaríamos os dias numa comunidade budista.
Até chegarmos atravessamos a famosa ponte Golden Gate – me senti num filme de Hollywood! Depois pedalamos 2 dias pela estrada litorânea do Oceano Pacífico, onde vimos focas, gaivotas e outros pássaros bem diferentes do que estamos acostumados.


E cá estamos, magrelas descansando um pouquinho, mas nós seguimos suando a camisa nos trabalhos por aqui, nesta comunidade budista chamada Ratna Ling. Trabalhamos no projeto Yeshe De, o qual produz livros sagrados para serem doados para budistas na Índia (monges, monjas e pessoas comuns). O idealizador dessa magnífica expansão do budismo para o Ocidente, bem como da tentativa de não se perder estes conhecimentos valiosos, é o Rinpoche Tarthang Tulku, que mora num monastério chamado Odyan, que fica a 9km daqui. Podemos ver ao longe a cúpula do templo principal e de uma das estupas.
Além de muito trabalho, temos aulas e discussões sobre diversos assuntos relacionados ao budismo, bastante leitura e estudos. Mas também aproveitamos bem as folgas de domingo para sacudir as magrelas e as pernas pelas montanhas e florestas nesse paraíso de tranquilidade.


Em linha reta a costa do Oceano Pacífico fica a aproximadamente 7 km daqui, muitas praias mas muito diferentes das praias brasileiras mas mesmo assim muito bonitas. Estamos no meio de florestas pouco habitadas, muitas árvores, veados, pássaros e até peruas e perus selvagens. Mas nada de comer carne, já que o lugar aqui é vegetariano.
E agora me sinto mais leve após o susto e a cirurgia para retirada do apêndice. Mais uma vez o seguro VITAL CARD/SCHULTZ – nosso patrocinador, nos apoiou neste momento de dificuldade. Já estou de volta em plena atividade!

Algumas cidades visitadas: São Francisco, Oakland, Sausalito, Jenner.
 
Curiosidades:

- Nos supermercados, normalmente consegue-se pagar mais barato quando se compra embalagens tamanho gigante – uma boa para os gulosinhos e para famílias com mais de 10 membros – não é o nosso caso, e mesmo assim os preços ainda não são dos mais amigáveis;

- Os bairros normalmente são bem separados em residenciais e comerciais;

- É impressionante o cheiro de comida pelas ruas. O povo enche restaurantes e cafés até mesmo no café da manhã;

- Aqui parece que todos têm uma carro imenso! Umas caminhonetes tem até 4 rodas em um dos eixos! Haja bagagem!

Dicas:

Camping
- Nessa região, logo após São Francisco (80 km, aproximadamente), pela estrada número 1, é possível encontrar vários parques onde pode-se acampar (mesmo no inverno), pagamos 10 dólares (preço por barraca) num parque muito agradável;
 
- O inverno aqui na costa do Pacífico é frio (principalmente as manhãs – com geadas), mas por onde passamos não se vê neve, alguns pontos com rajadas de vento, as vezes;

- É bom se atentar aos trajetos por aqui pois tem muitas estradas (normalmente as “freeways”) que não permitem a circulação de bicicletas;

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