Mostrando postagens com marcador telefonia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador telefonia. Mostrar todas as postagens

19 de jul. de 2012

“Pra lá de Bagdá”


De 03/07/2012 a 19/07/2012 – De Tabriz a Batumi

De Tabriz, no Irã seguimos por uma estrada para a Armênia que logo virou uma pedregosa e íngreme estrada. No topo da montanha a tempestade se formou e vimos povos nômades numa movimentação maluca para tentar se proteger da chuva, nada diferente de nós. Conseguimos abrigo num vilarejo e o tempo se abriu rapidamente, depois de uma xícara de chá com cubos de açúcar.

Nômades no alto da montanha

Nossa ideia era cruzar Armênia e Geórgia para conhecer outros países, sem pedalar muito mais do planejado, que seria ir do Irã diretamente para a Turquia. Está sendo ótimo, pois as paisagens, as pessoas e tudo mais tem sido incríveis, mesmo tendo que cruzar estradas dificultosas. São nessas estradas difíceis é que conseguimos descobrir muitas belezas pouco desvendadas e sem muita interferência humana para tomar banho nas bicas d’água e acampar.
Pegamos o visto mais rápido (10 minutos para emitir) e o mais barato (7,5 USD) de toda a viagem: o visto da Armênia na fronteira com o Irã. E aproveitamos bem esta passagem pelo país: no primeiro dia na Armênia jantamos um churrascão – dia 5 de Julho comemora-se o Dia da Constituição e ainda era aniversário de uma das moças que nos recebeu, motivo em dobro para comemorar com a família que estava “pra lá de Bagdá” de vodca, conhaque e vinho. Experimentamos o vinho de cereja e dormimos por ali mesmo.
Por falar em cereja, as cerejas verdes que vimos no Uzbequistão estão maduras por aqui, assim como os deliciosos damascos e amoras (brancas e roxas) espalhados pelas estradas. Esperamos que as maçãs, pêras e ameixas, ainda verdes por aqui estejam maduras no próximo país.
Além das frutas, a estação das flores está a mil! Flores do campo por todos os cantos, assim como abelhas e apicultores.

Amora gigante

Subimos, descemos, subimos, descemos, passamos por Kapan, dormimos e descansamos duas noites na agradável cidade de Goris num Bed and Breakfast (sem breakfast) muito arrumado. A partir daí cruzamos com muitos estrangeiros de bicicleta: holandeses, alemães, franceses e uma turma polonesa de carro e bicicletas. Num dos sobe-desce descemos até o belíssimo Lago Sevan, acampamos numa mata próxima ao lago, pesadelo: milhares de pernilongos famintos para todos os lados ao nosso redor, pior mesmo foram somente os pernilongos da Geórgia na floresta de pinheiros no caminho entre Adigeni e Khulo, onde atravessamos outro duro passo por estrada de terra.
Na Geórgia vimos alguns fortes, muitas igrejas católicas e curiosos vilarejos no meio das montanhas. Cruzamos a fronteira da Armênia com a Geórgia pelo vilarejo de Bavra na Armênia, rapidamente também, não precisamos de visto, somente de um carimbo. Depois de 15 minutos já estávamos na Geórgia, que frio e úmido que estava por ali! O clima foi esquentando e melhorando conforme fomos seguindo pelas montanhas e baixadas. Do topo do passo Goderdzi descemos até Batumi, e do topo até 20 km abaixo pela péssima estrada de pedra e terra tivemos uma companhia canina, o Brazuca, que nos seguiu, não sabemos ainda o porquê. Quando parávamos ele ia direto pra sombra, bebia as águas que escorriam das pedras e refrescava as patas e barriga na água que corria na beira da estrada, parece ter se divertido bastante! 

Amigo Brazuca

Finalmente chegamos quase na fronteira com a Turquia, na bela cidade de Batumi, na beira do Mar Negro com suas belíssimas praias, uma grande atração turística.
Pra finalizar nossa passagem pela Geórgia demos um mergulho no Mar Negro: praia de pedras e água morna. Nada como um banho para lavar a alma!
Turquia: aí vamos nós!

Algumas cidades visitadas: Norduz – Irã; Meghri, Kapan, Goris, Martuni, Dilijan, Vanadzor, Gyumri – Armênia; Ninotsiminda, Akhalkalaki, Aspindza, Akhaltsikhe, Adigeni, Khulo, Keda, Batumi - Geórgia

Curiosidades:
- Compramos o mesmo remédio para verme que há no Brasil, mas a diferença de preço foi gritante. O preço de um comprimido no Brasil custa o mesmo que 100 comprimidos no Irã! Nessas horas notamos como a indústria farmacêutica rouba!

- A vodka é bastante consumida pela Geórgia e Armênia, mas na Armênia o conhaque é o mais famoso e na Geórgia o vinho;

- O chá no Irã é consumido com açúcar em cubo, colocam-se os cubinhos na boca e depois o chá, já na Geórgia e Armênia o café da América do Sul faz sucesso, mas sem coar, bebe-se a parte líquida e o pó fica no fundo da xícara (chamado de soorch na Armênia);

- Vimos em várias mercearias enlatados de carne bovina vinda do Brasil;

- Vimos pães com formato estranho alongado e curvo aqui na Geórgia.

Dicas:

Dinheiro:
Na fronteira com o Irã com a Armênia há cambistas que trocam dólar e rial por dram, mas a um valor de 3 a 5% superior ao encontrado nos bancos. Entre com um pouco de dram, pois o visto (3.000 drams) deve ser pago nesta moeda.

Vistos:
Armênia: na fronteira com o Irã, por 3.000 drams. Nem foto foi necessário.
Geórgia: Brasileiros, assim como muitas outras nacionalidades, não precisam de visto.

Telefonia Irã: Caso você queira fazer ligação internacional com o chip iraniano, é preciso solicitar no ato da compra. Sem custo nenhum custo isso será feito. Ligações dentro do Irão são muito baratas, em torno de 1.000 Rial/minuto (0,07 USD – varia em função da taxa de câmbio), mesmo para outras províncias. SMS custa 160 Rial. Ligações para o Brasil são também baratas – em torno de 3.000 Rial/minuto (0,15 USD). Nessas horas notamos como as companhias de telefonia no Brasil rouba!

Acampamento e noites de sono:
- Repelente é importante, tivemos perturbações por pernilongos;

- As pessoas são bem amigáveis, nas regiões mais montanhosas onde costuma ser mais difícil acampar pedimos para montar a barraca nos jardins das casas;

- Os hotéis não costumam ser tão baratos quanto nos países anteriores - em média USD 10-20 por pessoa (os mais baratos);


Clima:
- Faz calor de mais de 30°C nesta época do ano, especialmente nos locais mais baixos. Nas montanhas o clima tem sido mais ameno e algumas vezes úmido – Geórgia e Armênia.

Estradas:
- Na Geórgia existem, teoricamente, algumas estradas alternativas, mas na verdade nem todas são estradas asfaltadas mesmo estando nos mapas oficiais, convém verificar bem antes de fazer escolhas.

Internet:
- A internet na Armênia e Geórgia tem sido rápida, mesmo com conexões Wi-fi.

VEJA MAIS FOTOS NOS ÁLBUNS: IRÃ, ARMÊNIA E GEÓRGIA

29 de jan. de 2012

Feliz 2012!


Posted by Marcos


15/01/2012 – 27/01/2012 – de Hoa Binh a Sa Pa

Saindo de Hoa Binh, beirando o Rio Negro, pudemos notar que suprimentos de hortaliças parecem não faltar para a cidade, muitas hortas ao redor e arrozais, como sempre. Cartazes em frente aos restaurantes nos chamavam atenção: “Thit Chó” e a imagem de um cachorro – ali vendia carne de cachorro. Surpreendia-nos ainda mais quando víamos o animal na bancada sendo fatiado com facões de dar inveja, a carne tem coloração bem diferente da carne bovina e suína, ou seja, de coloração mais escura. Aqui ou na China ainda experimentaremos esta iguaria.
Fomos diversas vezes abordados para beber algo alcóolico ou chá junto com os vietnamitas, principalmente em suas casas. Num restaurante, um deles me ofereceu e me levou uma canecona de cerveja morna, bebi-a inteira e, acompanhando cada gole que dava, venho me cumprimentar, o cumprimento vinha sempre após bebermos tudo que nos ofereciam. “Cachaça” de arroz, uma bebida parecida com vinho com pedaços da fruta, uísque e por aí vai...alguns nos recebiam em suas casas e simplesmente ficavam junto a nós, outros curiosos nos perguntavam por meio de gestos o mesmo de quase sempre: “Vocês são casados? Têm filhos? Quantos?” E riam das diferenças de altura entre nós e eles, lado a lado nos medindo e comparando. Certo dia, fomos convidados para almoçar e nos serviram bastante comida, uma recepção e tanta para nós que grande parte do tempo estamos gastando energia e com vontade de comer algo, muitas vezes algo comum outras vezes algo incomum para nós, mas comum para eles. Uma ótima oportunidade para experimentar novas comidas!

Outra ótima oportunidade que tivemos para experimentar comidas novas e típicas foi quando ganhamos 11 pacotinhos de arroz (ao todo – sendo um deles um pacotão) ao longo do trajeto até Sa Pa, onde parávamos para tomar chá, dormir ou simplesmente quando passávamos pelos vilarejos.


Certo dia, dormimos num recinto para os agricultores locais, parecia ser uma espécie de local de treinamento e um dormitório simples, mas a noite não foi das melhores, baratas mortas, aranha e barulhos noturnos que pareciam ser insetos, sendo assim na maioria das vezes preferíamos acampar, mesmo com a alta umidade – certas regiões é realmente difícil acampar, nas montanhas e nos lamaçais dos arrozais.
A questão que se seguia era: ir pelo caminho mais longo para Lao Cai – fronteira com a China ou pelo caminho curto? Optamos pelo curto, passando por Yên Bái, uma cidade um pouco maior, mas retornamos ao outro caminho (longo) para conhecermos uma bela região montanhosa e, especialmente, a cidade de Sa Pa, famosa pelo turismo, belas paisagens e cultura.
O trajeto que seguimos até Yên Bái foi uma aula de agricultura das montanhas, muita plantação de chá, num sobe e desce quase constante por entre curiosos vilarejos. Plantações que pareciam estar focada no consumo bem regionalizado, alguns arrozais e hortas nas calçadas das casas.
Em Yên Bái, assim como em Hoa Binh, as feiras são muito comuns, vende-se desde animais vivos a hortaliças e frutas. Mas tem também os que preferem circular pela cidade em bicicletas ou motos com cestos com galinhas vivas, porcos, ou vegetais. Aliás, o transporte por aqui é algo curioso, nos ônibus era comum ver motos no seu teto do lado de fora, bancos de cimento, árvores, bicicletas e, é claro, as bagagens comuns como malas, tudo misturado.
Nos restaurantes encontramos as placas do tipo de comida que se vende e na calçada deixam uma estante de vidro exposta com os pratos que eles estão servindo, fazemos a combinação e se não for muita comida nos cobram 30.000 dongs por pessoa = R$ 2,70.
Notávamos, por onde passávamos, que todos estavam diferentes, muitas pessoas nas ruas e as ruas enfeitadas, consultamos e descobrimos que o ano lunar marca o início do ano tanto para os vietnamitas quanto para os chineses, então era dia de se preparar para as comilanças comuns para nós mais no Natal, vimos famílias inteiras a beira das calçadas para ajudarem na matança e na limpeza dos frangos. Grandes panelas ferviam à base de lenha.


Mais um ano novo para nós! Passamos o dia 22/01/2011 para o dia 23/01/2012 numa casa simples do vilarejo ao pé da primeira grande serra que pegaríamos para Sa Pa. Todos bem vestidos e alegres. As crianças por ali eram curiosas, porém pacatas e mais discretas.
A descida, após alcançarmos 1.050 m de altitude foi impressionante, não tínhamos visto nada igual aquilo: o ar frio estava sendo empurrado pelo vento e de repente o sol e depois o céu começaram a aparecer rapidamente, quando olhamos vimos a paisagem magnífica que foi surgindo bem abaixo de nós, casa iguais e grupos étnicos que víamos antes (Hmong e Dzao), agora estavam mais frequentes, o céu azul e as montanhas enfeitavam a paisagem.
A derradeira subida para Sa Pa! O maior desafio, subiríamos até 2.010 m de altitude e depois desceríamos até 1.600 m onde se localiza Sa Pa. A subida em si não foi cansativa o que cansou mais foi a umidade e o frio, diferente de tudo que havíamos sentido, a dor nos dedos das mãos e dos pés nos incomodava, logo nos primeiros quilômetros de descida. A 7 km de Sa Pa paramos num vilarejo e aquecemos as mãos numa panela cheia de carvão que uma moça e seus ratos tinham em sua casa (era rato zanzando para lá e para cá, mas ela parecia não se incomodar), agradecemos a hospitalidade e seguimos em frente. Chegando em Sa Pa a cidade estava dominada por uma neblina incrível, não se enxergava 10 m adiante, não conseguíamos ver direito para onde ir na cidade para procurar um local para dormir, tudo ficava mais difícil ainda. Mas enfim o céu começou a aparecer (1 dia e meio depois) e o sol também, mais pessoas saíram as ruas e pudemos ver as montanhas por onde viemos e tudo que rodeia a bela e agradável cidade.
As feiras da cidade de Sa Pa são repletas de roupas de frio e roupas comuns e também acessórios diversos, assim como enfeites e souvenires dos grupos étnicos que estão por toda a parte da cidade, principalmente os Hmong, e a todo momento uma senhora, as vezes crianças, ou Hmong ou Dzao - outro grupo mas em menor quantidade por aqui, vem insistentemente, algumas vezes, oferecer seus itens e acessórios de artesanato típicos como pulseiras, colares e bolsas.
Em Sa Pa encontramos alguns alimentos diferentes e bem típicos como cogumelos; muitas ervas; batata doce, ovos e espetos de diversas carnes na grelha.
A cidade tem uma bela igreja no centro e próximo à praça central, onde se concentram feiras, lojas de roupas, restaurantes e hotéis, todos com muitas opções.
Muito curioso é o comportamento dos grupos que habitam Sa Pa: os homens e crianças Hmong têm o costume de andarem abraçados pelas ruas e jogar badminton com os pés e as mulheres andam de mãos dadas, com seus trajes enfeitados dominam as ruas, andando de um lado para o outro, estando vendendo algo ou não, no final das contas eles acabam sendo a atração principal desta bela cidade.



Curiosidades: É comum, pelos locais onde passamos (mais ao Norte do país), encontrar igrejas católicas, diferente dos outros países onde estivemos.
Possuem o alfabeto romanizado, mas com muitos acentos nas letras e pronuncia complicada.
Os vietnamitas são assíduos bebedores de chás (principalmente chá verde) e bebidas alcoólicas.
Não é fácil encontrar livrarias por onde passamos. Talvez em pontos mais turísticos pode-se encontrar.
Os açougues ficam a beira de estradas e ruas e os animais normalmente são abatidos ali próximo, fatiados com grandes facões nas bancadas e expostos ali mesmo.
É comum o cultivo de hortaliças nas calçadas das casas.
O povo daqui gosta de falar (alto) ao pé do ouvido.



Algumas cidades visitadas: Yên Bái, Mâu A, Lankuy, Sa Pa.

Dicas:

Equipamentos: A bolsa de água (water bag) de 10 L da Ortlieb começou a apresentar vazamento após apenas 10 usos;

Comidas: além dos pratos vietnamitas dos restaurantes, nos suprimos por muito tempo de leite condensado, pão e banana (quando encontrávamos), macarrão instantâneo, ovo (de pata e de galinha), laranja, mexerica, leite de soja e de vaca e refrigerante (somente eu)

Bancos: a maioria atende as bandeiras existentes no Brasil e no mundo Ocidental, no Vietnã a maioria dos caixas possuem limite máximo de saque por vez de 2.000.000,00 dongs, aproximadamente R$180,00, os ATMs da Agribank possuem limite máximo de saque por vez de 5.000.000,00 dongs e os ATMs da BIDV 3.000.000,00 dongs.

Sa Pa:
- esteja preparado para períodos de frio e névoa de Dezembro a Janeiro;
- é possível encontrar pela cidade locais que vendem jaquetas, meias, luvas e roupas em geral para o frio;
- encontramos mercados fora do centro (que não é muito longe) com itens até 50% mais baratos;

Telefonia: A ligação custa em torno de 0,50 USD/minuto para o Brasil. Compram-se os créditos e o chip é de graça.

Estradas: as que constam nos mapas nem sempre são asfaltadas e, em algumas aparentemente de médio porte, não se consegue transitar com carro convencional por ser muito estreita e com íngremes subidas em terra, cascalho e às vezes algumas travessias de rios, consulte bem antes de percorrê-las.

3 de jan. de 2012

Laos, a terra dos contrastes / Laos, the land of contrasts

Posted by Marcos

15/12/2011 a 31/12/2011 – De Luang Prabang a Nahin

Terra dos contrastes: assim denominamos até o momento o Laos, pois o país é marcado por diferenças: planícies = riqueza, capital e cidades maiores, calor; montanhas = pobreza, interior, frio.
Seguindo nosso passo pelo país conhecemos alguns templos pela cidade de Luang Prabang, a grande feira noturna com comidas típicas a ótimos preços e self-service, pães, bolos, muitos artefatos de fabricação manual e caseira como roupas, tecidos e bebidas. Um paraíso para estrangeiros, muitos deles consumindo bastante. Para nós, a pratada noturna e os bolos e pães para o café da manhã estavam perfeitos.
Fizemos nosso merecido dia de descanso, depois da viagem de barco e do cansativo dia da pedalada por terra.
Para os amantes da natureza existe muitas opções de diversão em Luang Prabang como navegar pelo Rio Mekong, visitar cachoeiras e rodar as estradas em busca de belas paisagens e vistas montanhosas. Estamos numa época (meados de Dezembro) em que Luang Prabang tem agradável temperatura diurna e frio de 15 C nas noite. Para quem tem interesse em conhecer o artesanato, a arte e culinária local recomendamos a feira noturna que localiza-se numa região bem movimentada da cidade, ótimas comidas típicas das mais diferentes as mais comuns aos ocidentais. Ou, simplesmente, dar uma volta pela cidade de bicicleta. Não levou sua bicicleta pra lá como nós? (rs) Não tem problema, muitas Guest Houses alugam bicicletas, assim pode-se conhecer muitos locais da cidade que é plana e agradável para passeios de bicicleta. Outra opção de transporte muito comum é o “tuk tuk”, pode-se fazer uma volta pela cidade e cachoeiras por um preço fixo, mais rapidamente e sem cansar,os tuk tuks estão por toda parte.
Saída de Luang Prabang, andamos por uns trechos planos e com descidas até encararmos o primeiro grande desafio de dois grandes que teríamos: subir pelas tão faladas montanhas do Laos. Dali em diante era sobe e desce, subimos e descemos até o Rio Mekong, depois subimos novamente e nos mantivemos numa altitude média de 1.400 m. Pelas estradas vimos como tudo por ali era diferente, poucas cidades, somente alguns vilarejos cravados no meio de matas fechadas e com alta declividade, tanto que mal se consegue plantar uma horta de subsistência, pois de um lado das casas, muitas delas feitas de lascas de bambu seco e trançado, encontra-se a ribanceira e do outro o asfalto da rodovia, o qual se desgasta todo sobrando apenas brita e terra por conta das chuvas e desabamentos. Pudemos observar quantas crianças moram nesses vilarejos, muitas delas vinham em nossa direção ou se mantinham em suas posições mas quase nunca deixavam de nos abanar a mão e dizer algumas palavras soltas em inglês ou simplesmente “Sabaidee” (“Olá” em lao), algumas sem as partes de baixo da roupa num frio...
O dia foi puxado na pedalada, quase 80 km com muita subida, suave, porém constante. Pernas cansadas e não encontrávamos local para acampar, chegando num vilarejo  encontramos um casal de ciclista francês que vinha da Turquia pedalando e já havia passado por países que iríamos passar. Aproveitamos ao máximo para pegar algumas dicas, conversar, rir bastante das histórias, sentados numa varanda com uma magnífica vista de entardecer, fazia frio e havia muita neblina pelos morros. Finalmente jantamos juntos no restaurante ali próximo e fomos dormir.
No dia seguinte saimos com o objetivo de chegar em Phoukon, as subidas não deixavam irmos muito longe, quase mais longe em altura do que em distância (rs). Descemos bastante na saída, em meio a névoa e frio. O dia da chegada em Phoukon foi farto, farto em barganhas na feira, comidas mais baratas e uma cervejinha do Laos no terraço da casa onde ficamos, acampar ainda era nosso objetivo mas estava difícil encontrar lugar no alto das montanhas e matas.
De Phoukon para Kasi, a princípio este era o nosso objetivo, cerca de 50 km, mas dessa vez o percurso foi a nosso favor, uma longa descida com exuberantes picos a nossa vista, de 1.500 m metros fomos a menos de 300 m. Num dos belos mirantes encontramos tailandeses que tiraram fotos com a gente daí a partir de Kasi nos informamos que o percurso seria mais plano até Vang Vieng então decidimos esticar nossa pernada até a cidade que chegaríamos só no dia seguinte. Em Kasi já sentimos um clima bem diferente: calor e muito sol. As próprias pessoas tinham mais calor ao nos recepcionar, agora não somente crianças nos cumprimentavam ao longo das estradas, mas senhores e senhoras.
De Phoukon para Vang Vieng este foi o nosso dia de pedalada e que pedalada! Visual muito bonito! A cada curva da estrada a paisagem se revelava cada vez mais bela com picos desenhados no horizonte que aos poucos íamos alcançando-os. Ao longo deste trajeto nos sociabilizamos: encontramos um rapaz chinês, uma senhora chinesa, um casal suíço e o espanhol Fernando o qual saudamos já bem de bem longe e imaginamos: este é o “sangue latino” no cumprimento e na aproximação calorosa, detalhe: todos estavam na direção oposta. Foi com o Fernando que percebemos que talvez nosso visto na China pudesse durar menos que o programado – 1 mês, prorrogável por mais outro mês, mas veremos...em Vientiane saberemos.

Nas proximidades de Vang Vieng, a estrada 13 está danificada; intercalam-se os trechos de asfalto com terra (poeira) e pedras e o movimento de carros e caminhões aos poucos foiaumentando. A bela paisagem continua a passar pelos nossos olhos e lente da câmera: já próximos do rio algumas pessoas se divertem nas verdes e translúcidas águas.
Vang Vieng, outra cidade do Laos bastante movimentada por turistas que seguem a rota Luang Prabang-Vang Vieng –Vientiane, por esta rota conhece-se regiões mais selvagens e inóspitas – próximas a VangVieng e Luang Prabang pelas cachoeiras, cavernas, rios e quem sabe até um passeio de balão em Vang Vieng, atrações naturais não faltam e opções de transportes também: motocicletas e bicicletas alugadas e “tuk-tuk”-pagos para rodar até determinado. Aproveitamos VangVieng para fazer um dia de descanso, lavar roupas e por as “pernas pro ar”.
Muito movimento saindo de Vang Vieng.  A estrada continua ruim e continuará assim até Vientiane: pedaços de terra e pedras no meio da estrada asfaltada. Encontramos um simpático casal australiano de bike que vinha de Vientiane e já tinha passado pelo Camboja. Chegando em Phonhong comemos e fomos em busca de local para acampar, saco de água para o banho cheio e fomos em direção a um grande rio, desviando um pouco da estrada que segue direto para Vientiane. Tentativa frustrada, pois o rio ainda estava longe e não havia local em condições para se colocar a barraca, em meio a tanto arrozal. Tentamos num templo, e nada. Por fim ficamos numa simples Guest House.
No desvio da 13, pegamos asfalto de primeira qualidade, porém neste desvio totalizam 20km a mais do que o caminho direto para Vientiane. Foi bom ter desviado, apesar do cansaço no final, mas a agradável manhã que passamos compensou, pois a estrada 10 tinha pouco movimento, aumentando um pouco quando chegávamos próximos aos vilarejos.
Enfim em Vientiane! Cidade bem movimentada com grandes palacetes e monumentos, muitos templos e crianças monge a andar de um lado para outro pela cidade com suas sombrinhas e bicicletas. Ficamos numa região turística próxima ao Rio Mekong para pegar os vistos do Vietnã e da China (só um mês mesmo, prorrogável por mais um mês) e curtir a cidade também.
Conhecer a cidade é algo interessante, pois há vários monumentos, templos e muita história para se contar, tem até comidas típicas de outros países como a culinária da Malásia e a indiana, estátuas, o Patuxay (parecido com o Arco do Triunfo francês) localizado numa larga e longa avenida (Lane Xang), o Ho PhraKeo, Sisaket – locais históricos do país e da religião budista que atualmente abrigam museus com estátuas, muitas delas datadas do século XI como a arte Khmer - Ho Phra Keo e imagens e representações do Buda – Sisaket.
Na saída de Vientiane pegamos um desvio para o Bhudda Park, muito interessante, com diversas imagens do Buda e outras do hinduísmo.


A estrada para o parque tem um trecho de 3 km vindo de Vientiane, já próximo ao parque, com estrada muito ruim. Depois voltamos este trecho de terra e pegamos uma estrada que mais parecia uma pista de pouso, reta e plana feita grande parte com cimento e com três faixas para cada mão, apesar do baixíssimo movimento. Logo depois, pegamos uma denominada 450 anos, um “tapete” também até, e finalmente, alcançarmos a 13. Um trecho por ela até 60 km da capital e já encostamos num templo com dois muito jovens monges.

Os outros três dias pela Rodovia 13 foram monótonos – plano, calor e mais carros, ônibus, vans e buzinas. Dormimos em dois templos: um deles com um monge só, simpático e já de idade; e o outro sem monge algum, apenas com um senhor que dormia no salão do templo, à beira do Rio Mekong.
Noite tranquila e partida cedo. A estrada 13 ainda movimentada nos causava certo incômodo, pedalamos pela planície e vento forte contra, a cada vila que passávamos éramos saudados pela criançada, principalmente, que muitas vezes vinham até a nossa direção para nos tocar com a mão. Quando passávamos perto de escolas,então...virava festa! Rolava até alguns rachas com a molecada de bike.
Já no dia 31/12 víamos as casas enfeitadas e as pessoas se preparando para a virada do ano. Resolvemos esticar até uma cidade um pouco maior para fazermos nosso dia de descanso.
Paisagens entre rochedos, com algumas vilas e uma forte subida e depois uma íngreme descida foi o trajeto desde que pegamos a rodovia 8. Encontramos uma dupla de suíços que pedalava na direção oposta, não desenvolvemos tanta conversa, mas nos disseram que na fronteira com o Vietnã fazia frio e chovia e a próxima cidade maior adiante seriaNahin. Foi até lá que seguimos, uma forte subida (com cerca de 3 km) faltando 15 km para chegar e uma longa descida até a cidade. Fomos bombardeados para ficarmos em diversas Guest Houses, era nossa intenção ficar em uma delas, mas antes pesquisaríamos os preços e localização, queríamos sossego. Ficamos numa guest house afastada de toda aum pouco da muvuca e na virada do ano só ouvimos poucos fogos ao longe.

Algumas cidades visitadas: Luang Prabang, Phoukon, Kasi, Vang Vieng, Phonhong, Vientiane, Phaxan, Pakkading, Vieng Khoun, Nahin.

Dicas:

Equipamentos:
- porta-garrafas da Topeak – modelo para garrafas maiores quebrou, não suportou uma garrafa de 1,5 L na parte de baixo do quadro – duração = 1.300km;
- compramos em Vang Vieng uma bolsa resistente a água para colocar a barraca, existem as de pior e as de melhor qualidade variando de 60.000 kips a 130.000 kips é uma alternativa para quem necessita deste acessório.

Alimentação:
- uma boa opção de comida é o “arroz grudento” (stickyrice) além de outras comidas locais (pão - regiões mais turísticas), o arroz além de ser barato sustenta bastante para pedalar.

Acampamento e noites de sono:
- para os acampamentos selvagens (em locais públicos – como matas) no Laos é necessário pedir permissão ao chefe da vila (Nai Ban, em Lao), o mesmo após conceder a permissão irá protegê-lo de qualquer infortúnio;
- é possível encontrar muitas “Guest Houses” ao longo desse percurso que passamos, pois é uma rota turística interessante, não há opção para se acampar próximos amatas fechadas nas montanhas pois acima e abaixo da estrada há morro e mato e alta declividade;
- enquanto aguardávamos os vistos em Vientiane ficamos numa Guest House que não recomendamos: Youth Inn Guest House, baixa qualidade e tratamento nada receptivo.

Clima:
- frio nesta época do ano – é bom se preparar para o frio em locais com altitude de 500 m ou mais, normalmente faz frio de até 10° C.

Estradas:
- a 10 (desvio a partir de Phonhong passando por um grande rio e chegando em Vientiane) é uma boa opção para quem quer fugir do asfalto ruim e desfrutar das belezas do grande rio e mata que se encontra neste trajeto;
- muita atenção ao buscar estradas pelo Laos, muitas delas existem nos mapas, mas são estradas de terra, muita (mesmo!) poeira (época seca) ou lama (época chuvosa). Procure sempre se informar, pois mesmo de moto as pessoas evitam essas estradas;
- aestrada 13 de Vientiane a Vieng Khoun é movimentada em alguns trechos.

Telefonia e internet:
- é até mais barata que na Tailândia (chip 10.000 kip = 1,40 USD e ligação para o Brasil 0,30 USD/min);
- internet é facilmente encontrada na capital e em cidades turísticas.
Laos, a terra dos contrastes – de 15/12/2011 a 31/12/2011 – De Luang Prabang a Nahin.


- - -

From 15/12/2011 to 31/12/2011 - from Luang Prabang to Nahin

Land of contrasts: that's the way we define Laos so far, because the country is marked by differences: plain = wealth, hot weather,  capital and larger cities;  mountains = poverty, countryside, cold weather.
Cycling across the country we found some temples in the city of Luang Prabang, we visited a big night market with cheap typical food and self-service, breads, cakes, handicraft (such as clothing, fabric and beverages). It's kind of a haven for foreigners, there were many of them buying and consuming a lot. For us, the supper, the pieces of cakes and breads for the next morning breakfast were perfect and enough.
We took a day of rest (we needed that!), after a boat trip and a tiring day of cycling.
There is lot of entertainment for nature lovers in Luang Prabang, such as sailing across the Mekong River, visiting waterfalls or riding on the roads in order to find beautiful landscapes and mountain views. We are in a season (mid-December) in which Luang Prabang has a cool daytime temperature and is slightly cold at night (15°C). For those interested in handicraft, art and the local food, we recommend the night market that is located in a busy region of the city, there are great typical dishes from the most common to the most exotic ones. Cycling in the city is another option. Didn't you bring your bike? (lol) No problem! - there are many Guest Houses where bikes are rented, so you can visit many places in the city that is nice and flat for cycling. Another transportation option is the very common "tuk tuk", you can take a tour around the city and visit waterfalls for a fixed price, quickly and without getting tired (you can find a tuk tuk anywhere).
On the way out of Luang Prabang, we cycled through some flat parts of the road and descents as well until we faced our very first challenge (the first of two): to cycle upward the famous mountains of Laos. From that moment on there were lots of slopes, we biked upward and then downward to the Mekong River, then upward again to reach a medium altitude of 1,400 m. From the roads we saw how everything was different in that region, there were few towns, only some villages in the middle of the dense forest built on steep slopes. It's almost impossible to farm in that area because the houses, made of dried  bamboo, are located between the hill and the road (which was in bad conditions due to the rain and landslides). We could observe the children who lived in those villages, many of them came toward us, or just remained where they were, but most of them waved their hands to us and said a few words in English or simply "Sabaidee" ("Hello" in Lao), some of them weren't dressed from the waist down (PS: It was very cold!!).
We cycled a lot on that day, it was almost 80 km of soft climb, but constant. Our Legs were tired and we couldn't find a place to camp, arriving in a village we found a French couple who were cyclists that came from Turkey and had already passed through countries we were going to pass through. We took the chance to get some tips, we chatted and laughed a lot of stories, sitting on a balcony in front of a magnificent view of the evening, it was cold and there was a lot of fog over the hills. In the evening, we had dinner together at a restaurant nearby and finally took some rest.
On the next day, we departed toward Phoukon, the slopes didn't allow us to go far, they were almost longer than the effective distance (lol). At the beginning, we descended a lot through the fog and a cold weather . The day we arrived in Phoukon was full...full of bargains at the market, cheaper food and beer in Laos served on the terrace of the house where we stayed. Camping was still our goal, but finding a place to do so was very hard in the tip of the mountains and in the forest.
Cycling from Phoukon to Kasi for 50 km was our goal so far, but this time the route was on our side: a long descent with stunning mountain peaks as the background. We descended from an altitude of 1,500 m to less than 300 m. In one of the greatest overlooks we visited we met some Thai people who took pictures with us. In Kasi we were informed that the route to Vang Vieng  would be flat, without descending slope, so we decided to proceed our journey. In Kasi we experienced a very different climate: hot and sunny. People themselves were more warm in welcoming us, not only children greeted us along the roads, but ladies and men did the same.
We cycled a lot on the way from Phoukon to Vang Vieng. What a very beautiful sight! On each turn on the road, the landscape looked more and more beautiful, mountain peaks in the horizon were getting closer and closer as we approached. Along this path we socialized, we met a Chinese boy, a Chinese lady, a Swiss couple and a Spanish called Fernando who we greeted from a distance and made us thinking: this is the "Latin blood" in greeting and warm welcome, PS: Everyone was in the opposite direction. It was with Fernando that we realized that our visa in China could last less than what we expected - just one month, renewable for another month, but we'll see ... We'll check that in Vientiane.
Near VangVieng, the Road 13 was in bad conditions; the road had parts paved with asphalt or stones and, some times, was dirt with dust. The traffic of cars and trucks was increasing little by little. The beautiful landscape continued passing by before our eyes and the camera lens. Some people had fun in the green and translucent waters.
VangVieng, another Laos`s city which was very visited by tourists who take the Luang Prabang - Vang Vieng - Vientiane route. Through this route is possible to pass across the wildest and most inhospitable regions - which is next to Vang Vieng and Luang Prabang. There are waterfalls, caves, rivers and it's possible to take a balloon flight in Vang Vieng , there are many natural attractions and transport options as well: like motorcycles, bicycles (rented) and, last but not least, the "tuk-tuk" which are paid to take you wherever you like. We took a day of rest in Vang Vieng, we washed some clothes and the rested our legs.
There was a lot of traffic on the way out of VangVieng. The road was still in bad conditions and it seemed to persist all the way to Vientiane: with dust and some pieces of rocks on it. We met a nice Australian cyclist couple had just come from Vientiane and had already passed through Cambodia. As we arrived in Phonhong, we had a meal and proceeded in search of a place to camp and water for bath. We headed to a large river, diverting a little of the road that would take us straight to Vientiane. We failed because the river was still far away from us and there wasn't any proper place to put up the tent among all those paddy fields. So, we tried to camp in a temple but we failed too. In the end, we ended up camping in a modest Guest House.
In a detour on the Road 13, we changed the route and finally cycled on a top quality asphalt road. On the other hand, we cycled about 20 km longer than if we had followed the previous route to Vientiane. Despite the fatigue, that was a good decision because we had a pleasant morning, the Road 10 wasn't busy all the time, just a little as we approached the villages.
We finally arrived in Vientiane! It was such a busy city, there were big palaces and monuments, temples and many young monks (children) who were walking on the streets handling their umbrellas or riding their bicycles. We stayed in a tourist area near the Mekong River to get the visas from Vietnam and China for just one month, which can be renewable, and to enjoy the city as well.
Knowing the city is quite interesting, because there are several monuments, temples and many history to be told, there are also typical food from other countries like the Malaysian and Indian cuisine, statues, the Patuxay (which is similar to the Arc de Triumph - France) located in wide and long Avenue (Lane Xang), the Ho Phra Keo, Sisaket - historical places of the country and the Buddhist religion which house museums with statues, many of them dating from the eleventh century, like the Khmer art - Ho Phra Keo and images and representations of Buddha - Sisaket. 
To depart from Vientiane, we took a detour to the Bhudda's Park, which was very interesting, with several Buddha's sculptures and others related to Hinduism. 
The last 3 km from Vientiane to the park, the road was in a very bad condition. We came back though this dust road and took another one that looked like a runway (straight and flat). It was paved with concrete and had three lanes for each direction, despite the very low traffic. Later, we cycled on a road named "450 years", very good road until we finally reach the Road 13 South. We were 60 km far from the capital of Laos when we found on the way a temple with two young monks.
The other three days though the Road 13 were monotonous - flat, hot and busy (there were more cars, buses, vans and buzzers). We camped in two temples: there was only one kind old monk in one of the temples and in the other one there were no monks, there was only a man who was sleeping in the hall of the temple, located along the Mekong River.
Nice night and an early depart. The Road 13 was still busy, which didn't take a lot of time to piss us off. We cycled across a flat land and against the strong wind. We were greeted mainly by kids who often came toward us to touch us with their hands. So, it's easy to imagine what happened when we passed by schools, it was like party! We ended up playing with them some time (bike race… lol).
On December 31st, we saw decorated houses and people preparing for the turn of the year. We decided to go straight to big city to take a day of rest.
Landscapes among rocks with some villages, a sharp slope and then a steep descent is the way we describe the path since we took the Road 8. On the way, we met two Swiss guys who were going to the opposite direction, we didn't chat that much, but they told us that it was cold and rainy in the border with Vietnam and that the nearest bigger city was Nahin. So there we went, we faced a steep slope (about 3 km) which was 15 km far from a long descent that would take us to Nahin. We found several Guesthouses to stay, but we intended to stay in only one of them, so we compared the prices and the locations, we wanted a quiet place. We stayed in a guesthouse far from the rush of the turn of the year (we could only hear some fireworks).
 

Some visited cities: Luang Prabang, Phoukon, Kasi, Vang Vieng, Phonhong, Vientiane, Phaxan, Pakkading, Vieng Khoun, Nahin.
 

Tips:
 

Equipment:
 

- The Topeak's bottle holder - The holder specified for larger bottles broke - It did not stand a 1.5 L bottle at the bottom of the frame - It lasted only 1,300 km;
- In Vang Vieng, we bought a water proof bag to carry our tent, there we could find the low and the high quality ones costing from 60,000 kips to 130,000 kips. Is an alternative for those who need this accessory.
 

Food:
 

- A good choice of food is the "sticky rice" and other local foods (such as bread, which is mostly found in touristic areas), rice is a great source of energy, besides the cheap price.
 

Camping and sleeping:
 

- For wild camping in Laos (in public places - such as forests), it's necessary to ask permission the village chief (Nai Ban). After being permitted, you will be protected from any misfortune;
- You can find many "guesthouse" along the way we passed across because that is an interesting tourist route. There is no option for camping in the mountains, there are dense forests, and steep slopes.
- While waiting for the visas in Vientiane, we stayed in a guesthouse which we do not recommend at all: The Youth Inn Guest House: low quality accommodations and bad service.
 

Climate:
 

- It's cold this time of the year - it's good to prepare for the cold in places with an altitude of 500 m or upper, it's usually cold up to 10 ° C.
 

Highways:

- Road 10 (there is a deviation from Phonhong and a river to cross to arrive in Vientiane). That's a good option for those who're looking for escaping from the road in bad conditions and enjoying the beauties of the large river and the forest;
- A lot of attention is required to cycle on the roads of Laos, many of them exist in the maps, but they are dirt roads, lots of them are dust (in dry seasons) or mud (in rainy seasons). Always try to get information, because even motorcyclist avoid these roads;
- Some parts of the Road 13 from Vientiane to Vieng Khoun are busy.


Telephone and Internet:


- It's even cheaper than in Thailand (Sim Card - 10,000 kip = $ 1.40 and a call to Brazil costs $ 0.30 / min);
- Internet access is easily found in the capital and tou.


1 de dez. de 2011

Tailândia II – Parque Nacional, leve acidente e muita cultura tailandesa / Thailand II - National Park, and accident and a lot of Thai culture

Posted by Marcos

20/11/2011 - 30/11/2011 - De Phetchabun a Sung Men, Phrae, Tailândia

Fizemos um segundo dia de descanso para recuperar as energias. Hotel de beira de estrada, chalezinhos bonitos por fora, mas nem tanto por dentro, isto porque o colchão era incrivelmente duro, o banheiro alagadiço, chuveiro com água gelada, fedor incessante, canequinha para descarga e só, sem esquecer das duas garrafas de água e do rolo de papael higiênico– brindes da casa! Fomos jantar e fizemos “amizade” com uma senhora, a cozinheira, que ria muito de nós quando chegávamos e fazíamos qualquer coisa: quando tentávamos falar tailandês, do jeito de comer, se comentávamos alguma coisa em português, tudo isso com as outras pessoas em volta interagindo e dizendo “um não sei o que”. Eu sempre brincava com a Lila que eles estavam falando mal de nós.



Tentamos escrever o nome dos pratos que tínhamos gostado do cardápio para pedir em outros lugares, tentávamos entender as pronúncias para poder pedir sem tanto enrosco e assim fomos nos virando, assim fazíamos sempre que tínhamos oportunidade, nos restaurantes e com tailandeses que se comunicavam em inglês.



Feira livre tailandesa: muito curiosa, com frutos, vegetais e carnes, tudo muito diverso, bem diferente do usual. Rodamos por várias lojinhas de tranqueiras usadas, em estoque, empoeiradas e que vendiam de tudo um pouco, desde fertilizantes até material escolar, parecia ser comum para eles esse tipo de comércio.



Nas estradas: muita agricultura, muito arroz, em todo formato, desde no campo verdinho ainda até ensacado na porta do armazém para ser vendido, nas caçambas de caminhonetes de todo tipo que se enfileiravam para vender o que tinham. Aliás, caminhonetes por aqui é muito comum, é muito comum também um caminhão sem cabine com motor de tobata-encanteiradora, muito lento, mas entra em arrozal, anda na estrada e carrega muito peso – apelidei-a de pipoqueira, pois seu ronco parece o de uma panela pipoqueira estourando pipoca. Nang Bang Cave: encontramos uma caverna-templo cheirando a mofo, com muitos morcegos e imagens de Buda para todo lado, tudo indicava ser a improvisação de um templo budista enquanto o oficial não terminava de ser construído, ainda em obras. Imaginávamos encontrar uma caverna turística, mas o que vimos era isso... e também alguns papéis que pareciam ser os mantras, largados numa mesa e alguns estranhos tambores e pratos.



Contatos: quem tentava se comunicar com a gente, com simpatia, muitas vezes acabava indo embora sem êxito, sorridente, nos desejando boa sorte, mas sempre ficava uma vontade de saber mais, eles de nós e nós deles. Tivemos companheiros animais como o gato “Pixinguinha” que comeu atum com a gente, a galinha e seus pintinhos – companheiros de sono, as crianças que sempre nos adoravam – nossos professores de tailandês - os monges – que nos davam abrigo, água e comida - as cozinheiras, as formigas (rs) e outros seres, que as vezes nem vemos (rs). A molecada era toda curiosa com a nossa presença e, aos poucos, se soltavam conforme íamos dando liberdade e quando víamos, já estavam sentados, brincando, tentando nos ensinar tailandês e a gente tentando ensiná-los inglês e português. Aprendemos bastante com as crianças, também. Elas nos diziam, certa vez: “Gusbye, gusbye”...e a professora, toda participativa, vinha vindo com a sua caminhonete em direção a eles para carregar a caçamba de crinaças e leva-los para suas respectivas casas. Noite agitada de acampamento em escola, mas legal, conhecemos um pouco mais das crianças tailandesas!



O parque nacional Phu Hin Rong Kla abrange com uma área de 30.700 há e é considerado tanto uma reserva natural como um local histórico onde foram travadas batalhas entre a ala comunista tailandesa e o governo tailandês. O parque preserva os pontos históricos como os escritórios administrativos dos comunistas, o local onde se travaram as batalhas e o local onde os comunistas hasteavam a bandeira quando venciam as forças do governo.



Entrada do parque. Pagamos os 420 bahts cobrados, após o rapaz da guarita nos sinalizar com as mãos plano, se não ficaríamos por ali mesmo, acampados bem no topo da serra. O frio seria enorme de madrugada, mas mais subida não seria possível. Adentramos no parque, e realmente não tinham tantas subidas, uma ou outra curta e muita descida, sorte: não seria tão custoso um banho gelado, mas o frio permanecia e o banho gelado foi custoso.



Subida, muita subida. Subimos de 120m de altitude, por uma estrada sinuosa e movimentada por repolheiros, para os 1.820m, tudo isso para chegar ao Parque Nacional Phu Hin Rong Kla. Nunca havíamos subido tanto assim de uma vez só. Viramos atração: todos que passavam por ali e também estavam turisticamente tiravam fotos de nós, muitos deles faziam isso quando estávamos de costas (rs), uma família grande, um casal numa motoca que mal subia aquelas pirambeiras, um grupo a frente e outros. Repolho? Tinha aos milhares, plantados no meio das rochas em inclinações inimagináveis, e a estrada fazendo curvas, e a cada curva uma surpresa, mais ingreme ainda! E tudo abaixo ia ficando miudinho. O cansaço estava forte, muitos quilos na bagagem e pernas queimando, a paisagem, a ventania, aquela altura toda, valia a pena, depois descansaríamos...algumas  vezes, após a passagem pela vila no alto do morro e comido bolacha e refrigerante, o vento batia tão forte que era difícil controlar o peso das bicicletas, ficávamos pêndulos e a mercer de sua força, que era grande. Muitas fotos tiradas de diversas alturas, das estradas em curvas e de nos naquele cenário magnifico.



Dia de descanso: cozinhamos com alimentos do local, a Lila descobriu uma feirinha de agricultores daqui mesmo e barganhamos e compramos bananas, repolho, um brotinho que parecia ser de repolho bem utilizado nos pratos tailandeses, uma espécie de batata, mas mais adocicada e branca com pontinhos roxo por dentro - uma mistura de batata doce com cará - cenoura, arroz e atum. Fizemos um preparado que nos rendeu um ótimo almoço e uma sobrinha para a janta. Filtramos água, tomamos banho 2hs da tarde por causa do frio da água e do local.



Tudo preparado. Era jantar num dos restaurantes do parque, o qual apelidamos de Restaurante da Cassiana - local simples, muito bom, pessoal simpático e atencioso (até aprendemos os nomes de alguns pratos e os números em tailandês com a Cassiana), preparar alguns apetrechos dentro da barraca e dormir para o dia seguinte. Mas como que planejado o esquecimento de troco, a Lila estava apenas com 1000 Bahts e a Cassiana não tinha trocado, então nos devolveu e pediu que pagássemos no dia seguinte, mas dia seguinte sairíamos bem cedo, não teria dia seguinte, então ela foi buscar trocado os 120 Bahts, pagamos e a Cassiana e toda a turma do restaurante que estava reunida (sexta-feira à noite) bebendo nos ofereceram bebidas (uísque e uma espécie de pinga fraquinha), bebemos, nos despedimos e no caminho para a barraca uma centopeia morde meu pé, sem saber e desesperado tiro a meia e vejo o bicho andando meio transtornado a minha frente. Corremos ou tentamos correr de volta ao restaurante para pedir ajuda. Lá todos muito dispostos a ajudar correm dali e daqui e providenciam uma caminhonete para irmos até o hospital, depois de ter providenciado meus documentos pessoais e documentos para acionar o Seguro da Vital Card. A dor e formigamento chegou até a panturrilha, pensei, esse trem é venenoso.



A dor não passava, já no hospital de Nakhon Thai, conseguimos ser atendidos por uma enfermeira que falava algo em inglês, nossa salvação! Fui muito bem atendido, algumas injeçõezinhas para dor e antitetânica e daí ficaria sob observação por uma noite, me levaram até o quarto onde repousei e estiquei a perna para no dia seguinte já receber alta logo de manhã. Da maneira que conseguíamos íamos retribuindo a força que nos davam nos momentos difíceis, principalmente. A Lila encontrou com um dos visitantes de um dos pacientes no supermercado que ele lhe deu carona até o hospital, de motoca, demos grande parte do pão que havíamos comprado a um rapaz que parecia ter sofrido acidente, desolado, sobrevivendo a base de aparelhos e que o recebeu com muita alegria.



A Vital Card nos deu um atendimento direto, sem complicações, bem claro e muito atencioso. Entraram em contato com o hospital, acertaram gastos de internação e medicamentos e tudo beleza!



Passamos mais três dias no parque, relaxados e despreocupados. Pé para o alto, massagem, alimentação e descanso até o pé desinchar. Aproveitamos o tempo para tentar decifrar mais alguns pratos tailandeses e ficar à toa pra valer, às vezes é necessário!



Saindo do parque descemos bastante, afinal 1.500 metros não é muito comum por aqui. Chegamos aos 200 metros, voltando ao forte calor. Passamos por Nakhon Thai 33 km adiante ao parque, cidade simples e interiorana; tomamos um iogurte, comemos picolé e continuamos pela via principal, já no desvio planejado, em busca de banana, vimos algumas penduradas e Tao lai? (Quanto custa?) A senhora nos respondeu algo que não entendemos, estendendo os 2 cachos de bananas (no ponto pra comer e guardar um tanto), insistimos em pagar o que costumávamos pagar (15 Bahts), mas a senhora não aceitou e acabamos por aceitar o tótimos presente!



Algumas cidades visitadas: Phetchabun, Lom Sak, Nakhon Thai, Chat Trakan, Thong Saeng Khan.



Dicas:

Seguro: Sempre que precisar acionar seguro viagem, faça-o imediatamente após o ocorrido.

Telefonia: Na Tailândia, o custo baixo de ligações é baixo (cerca de R$ 0,80 de celular para o Brasil e R$ 0,40 de telefone fixo para o Brasil) e boa cobertura de celular.

- - -


20/11/2011 - 30/11/2011 - From Phetchabun to Sung Men, Phrae, Thailand

We took a rest for the second time to recover the energy. We stayed at a Hotel by the road side, there were little chalets which were beautiful from outside but not that beautiful from inside, that was because the mattress was incredibly firm, the bathroom was wet, only cold shower, an incessant bad smell, only a little mug for flushing, two bottles of water and a roll of toilet paper (the last two were freebies). 

So, we had dinner and started a “friendship” with a woman, a cook who laughed a lot at us as we did anything: when we tried to speak Thai, the way we ate, when we commented about something in Portuguese. Just to get better, there were other people around her chatting and saying things we didn't understand. I used kid Lila by saying that they were gossiping about us. We tried to write the name of the dishes we had tasted before to order them in other places, we also tried to learn the right pronunciation to be easier understood. That was the way we managed the communication problems... whenever we got the opportunity, in restaurants and with Thai people who could speak English. 

Thai market: very interesting, there were all kinds of fruit, vegetables and meat... It's very different from what we've seen before. We passed by several stalls where dusty used stuff were being sold and also stocked. They sold a little bit of everything, from fertilizers to school supplies, It's seemed to be a common trade for them. 

On the roads:  a lot of agriculture activities, plenty of assorted rice,  from the unripe ones cultivated on the fields to the packed ones placed at the door of grocery stores or on the back of pickup trucks parked aligned by the road side. By the way,  pickup trucks are very common here, so is the trucks with no cab and engine known as "tobata", it's a very slow truck but it's suitable for rice field and roads, besides the fact it carries heavy loads - I call it "pipoqueira" (popcorn pan), because the noise it makes reminds me of corns popping in a pan.  

Nang Bang Cave: We found a cave temple which smelled like mildew, there were bats in it as well as several Buda's portraits, everything made us suppose that that was an improvisation of a Buddhist temple while a definitive one was being built. We were supposed to find a touristic cave but that was what we found...There were some pieces of paper which looked like mantras on a table, as well as some weird drums and some plates. 

Communication:  Who tried to communicate with us with sympathy, ended up going away cheerful most of the time, wishing us good luck and in the mood for knowing more about us and we about them. We took some animals as friends as well, like a cat called "Pixinguinha", which ate tuna with us, and a chicken and its chicks, which were our nap companion. We met some children, (who liked us a lot), our Thai teachers, the monks (who gave us shelter, water and food), the cook, the ants, (lol) and other living beings, which we can't even see (lol).  The kids were very curious and shy with our presence, but, little by little, they got rid of the inhibition as we encouraged them. When we realized, they were sat, playing, trying to teach Thai to us and, in return, we tried to teach them some English and Portuguese. We learned a lot with those children too. They said to us: "Gusbye Gusbye" as the participative teacher arrived on a pickup truck to carry them to their respective homes. What an exciting camping in the evening at a primary school!.. very cool!.., we had the opportunity to know a bit more about Thai children. 

The Phu Hin Rong Kla National Park  encloses an area of 30.700 há and it is considered, in such a way, as a natural reserve as a historical place where battles between the Thai communist section and the Thai government were fought. The park preserves historical areas and the administrative offices of the Communists, the place where battles were fought and where the Communists displayed the flag when they defeated the government forces.  
The entrance in the park: We paid a 420-baht fee to get in the park. If a guy hadn't made some hand signs to call our attention from a sentry box, we would have remained there and camped right at the top of the hill. It seemed that the night was going to be a freezing one, but we couldn't bear ascending any longer. 

We got into the Park, it really didn't  have many slopes, only some ascent and a lot of descent (luckily!). It wouldn't be that difficult to take a cold shower, but the coldness would remain, making a cold shower very unpleasant. Ascent, much ascent. We went up from 120m of altitude, on a winding road full of cabbage merchants, to 1.820m of altitude, we did all that to arrive at the Phu Hin Rong Kla National Park . We had never gone so far at once. We turned attraction: every tourist who passed us by took some shots of us, many of them did that as we were on our back to them (e.g a big family, a couple on an old motorcycle that hardly could face that steep ascent, a group of people ahead and many others). What about the cabbage? There were thousands of them, growing among the rocks on unimaginable inclination, and the winding roads making curves, for each curve a surprise, other curve even steeper! As we proceeded upwards, everything left behind was getting tiny. We were very tired, carrying a lot of load in the panniers and our legs seemed to be in flames..., but the view, the cool wind and all that height were worth it, we could rest later… We took a break in a village on the top the hill to eat some cookies and drink soft drink... after that we proceeded but the wind was so strong that it was difficult to control the bikes, we were swinging like a pendulum and under the wind's influence. We took Many pictures from different heights of the road in curves and of us as well making part of that stunning scenery.
A day off: We cooked using local ingredients, Lila discovered a little market organized by local agriculturists with who we negotiated and bought bananas, cabbage, a sprout which seemed to be a cabbage (this sprout is widely applied in Thai dishes), a kind of sweet potato (it was white with purple spots inside - It looked like a mixture of a sweet potato with a dasheen), carrots, rice and tuna. We prepared a meal which satisfied our hunger in the lunch time and remained a bit for dinner. We filtered some water and took a shower at two O'clock p.m. because of the cold water and the cold weather. 

Everything was arranged: We were supposed to have dinner at one of the restaurants of the park, which we nicknamed Cassiana's Restaurant - simple location, good service, likeable and considerate attendants (We learned the names of some dishes and the numbers in Thai with the aid of Cassiana) - prepare some equipment inside the tent and go to bed. But we forgot to take some change, Lila only took a 1000-Baht bill and Cassiana didn't have the change, so she gave it back asking us to pay her in the following day. But we explained her that there wouldn't be a following day once we would leave early in the morning. So, she had to got the 120-Baht change - After solving that problem, we paid the bill and said good bye to Cassiana and all the staff of the restaurant who were gathered togheter on Friday night drinking and offering us beverage (like whiskey and a kind of Cachaça with a low quantity of alcohol by volume).. That was cool!. 

On the way back to the tent, something bit my foot... unknowing what, I despairly took off my socks and I saw a dizzy centipede crawling before me. We ran or even tried to run back to the restaurant to ask for some aid. There, everyone put up a fight to help, running back and forth in order to find a pickup truck to take me to the hospital (of course, after taking all my personal documents and the documents needed to call for the travel insurance - provided by Vital Card). I could feel the pain and the tingle reaching my legs and knees which made me think that sting was poisonous.  

 At the Hospital of Nakhon Thai, we fortunately met a nurse who could speak English, (That was our salvation!). I was well treated, I took some injections to stop the pain and anti-tetanus vaccines. After that, I had to stay at the hospital to be monitored for a night. They took me to a room where I could rest my leg and wait until be discharged from hospital in the following morning. 

As far as possible, we tried to repay the help provided by the Thai people during the difficulties. In the supermarket, Lila met one of the patients' visitors which gave her a ride to the hospital by motorcycle, so we donated a great amount of the bread we had bought to a desolate guy who seemed to have suffered an accident, we was surviving with the aid of an equipment. He accepted our offer with lots of joy.  

Vital Card gave us  a clear, direct, considerate and uncomplicated attendance. They got in contact with the hospital, paid the expenses for the admission and medicines... and everything was solved! 

We stayed for more three days in the park, totally relaxed and  carefree. Legs hung up-side down, massage, feeding and resting until my foot reduce the swelling. We took that time to try to decipher some Thai dishes and to just hang loose, which is necessary sometimes!  

After leaving the park, we went down all the way back, because 1,500 meters of altitude is not very common here. We arrived at the 200 meters of altitude, coming back to the strong heat. We passed through Nakhon Thai -  33 km from the park, it's a simple and provincial town; We took a break to have some yoghurt and ice pop... and then, we proceeded through the main road, according to our plan, looking for bananas for sale. We saw some bananas exposed, so we asked: "Tao lai?" (How much is it ?). The woman answered something that we didn't understand, showing two bunches of bananas (they were ripe enough to eat and to store for future consumption), we insisted in paying what we used to pay for it (15 Bahts), but that woman didn't accept our offer and we ended up accepting that nice gift!  

Some visited cities: Phetchabun, Lom Sak, Nakhon Thai, Chat Trakan, Thong Saeng Khan.  

Tips: 
Insurance: Whenever you need to call for the travel insurance, do it immediately.  
  
Telephony: In Thailand, the cost of a call is low (about 0,50USD per min - an international call to a cellphone in Brazil and 0,25USD per min - an international call to a landline in Brazil) and good cellphone coverage.

 
Design by Wordpress Theme | Bloggerized by Free Blogger Templates | free samples without surveys