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12 de abr. de 2012

Rota atualizada / Updated route



Onde estamos? Quirguistão! Veja a rota atualizada aqui.

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Where are we? Kyrgyzstan! Check the updated route here.

20 de mar. de 2012

China abaixo de zero!

Posted by Marilia

De 05 a 20/03 - De Xuyong, Sichuan a Urumqi, Xinjiang Uyghur

Aqui segue uma postagem diferente, pois desde a última postagem, em 4 de Março, só pedalamos na estrada um dia! Pois é... chegamos à parte burocrática da viagem, que exige (muita) paciência, planejamento e sorte, por que não?
Bom, antes de mergulharmos no mundo burocrático, aqui vai uma novidade: não vamos mais para a bela Mongólia, já que lá ainda está MUITO frio e o local mais perto para tirar o visto está a milhares de distância de nós. Vamos para o Cazaquistão!
Bom, voltando, nossa suposta pedalada até Chengdu, capital da província de Sichuan, conhecida como a Londres chinesa (o que esperar disso senão chuva?) foi um fracasso! Partimos sob chuva, névoa e frio até chegarmos a Luzhou, onde tomamos a decisão de pegar um ônibus para Chengdu. Me convenci de ter tomado a decisão certa quando, durante as 4h de viagem, estava seca e confortável dentro do ônibus, enquanto chovia forte lá fora. Às vezes é preciso ceder e buscar alternativas!
Conhecemos Chengdu por meio das nossas andanças atrás de trem para Urumqi, em Xinjiang, próximo à Mongólia, Rússia e Cazaquistão! Para nosso desespero, as passagens de trem para os próximos DOZE dias tinham se esgotado e ainda não era possível comprar passagens para datas após esses doze dias. Como precisaremos de tempo em Urumqi para pegar o visto do Cazaquistão, não pudemos esperar tantos dias. Fomos atrás de alternativas: ônibus. Ok! Mas nem tudo foi tão fácil como parece, e como não!
Chegamos uma hora antes de o ônibus partir e achávamos que estávamos adiantadérrimos, mas descobrimos um tanto tarde que as coisas aqui na China são diferentes. O bagageiro do ônibus já estava lotado e todos os passageiros já se amontoavam próximo ao ônibus, já que (descobrimos isso também) os assentos não são fixos (apesar de haver o número do assento na passagem). Resumo da conversa, fomos transferidos para outro ônibus que, descobrimos tarde também (esse é o preço de não saber o idioma local: sempre o último a saber!), sairia somente no dia seguinte. Ainda meio perdidos e sem saber o que estava acontecendo, tivemos de confiar no povo da rodoviária (e olha que era muita gente) e deixar as bikes e boa parte da bagagem já dentro do bagageiro do ônibus.
No dia seguinte, pegamos o ônibus. Mas calma lá, pois essa história tem outro capítulo: as 48h de ônibus. Ficamos próximos à porta aguardando o motorista dar o ok para entrarmos no busão. Já estávamos esperando um empurra-empurra e foi o que aconteceu mesmo. Mas, por sorte, o motorista nos chamou para a frente da fila (afinal de contas, chegamos 24h antes da partida do ônibus!) e explicou em bom chinês as regras do ônibus. Entendemos apenas que teríamos de tirar o tênis e coloca-los no saco que ele nos entregou. Achamos justo, pois esqueci de falar, o ônibus não era um ônibus como você e eu conhece, mas sim um ônibus com camas. Maravilha, não? É, digamos que era bem pequena e se eu tivesse 10 cm a menos e o Marcos 20, caberíamos na cama e poderíamos sentar sem bater a cabeça na cama de cima.
Cada um que entrava no ônibus recebia seu saco para colocar o sapato, outro saco (que não recebemos e achamos que era para cuspir) e o motorista indicava seu assento: mulheres, idosos e crianças embaixo e homens em cima.
Nos encaixamos na cama e me senti em um foguete de tanto aperto. Olhamos para os quatro cantos do ônibus para ver onde era o banheiro (...). Sem banheiro! E sempre ficava a dúvida de quando seriam as paradas. Falando em paradas, elas foram uma coisa de doido! Umas com valas comuns com muretas separando uma pessoa da outra e o cheiro era esplêndido, imagine você! Outra parada foi no meio da estrada, em plena escuridão da madrugada, 0°C. Homens de um lado, mulheres de outro, sem frescura! E as paradas foram dessa forma. Levamos numa boa, tudo é experiência, mas é bom sempre ter papel higiênico, sabonete e álcool gel.
Mas nem tudo são espinhos e percorrer 3.000km de ônibus na China tem seu charme: as paisagens. Andamos metade da viagem indo totalmente para o Norte e a outra metade totalmente a Oeste. Acordamos e a paisagem era outra: em lugar ao verde, bege das montanhas arenosas indicando que estávamos próximos ao deserto. À medida que seguíamos, as montanhas mais altas mostravam-se cobertas de neve e logo estávamos nós no meio da neve. Cenário inédito para nós: deserto e neve! Ao longo do dia, não pregava o olho só vendo aquela paisagem totalmente nova. Ainda sim víamos sinais de agricultura e muitos pastores de ovelha. Os chineses dão um jeito de plantar em todo lugar! Para proteção contra o frio, eles constroem estufas com parede de barro. O mesmo eles fazem com as casas.



Essa região também é famosa pelas tempestades de areia e vimos muitas aberturas nas montanhas de arenosas, talvez um tipo de abrigo. Curioso foi que, nesta viagem, estivemos a 3.000m de altitude e a 60m abaixo do nível do mar!
Outra atração foi a diferença cultural. A partir de certo momento na viagem, as placas de sinalização da Rodovia em inglês e chinês deram lugar ao chinês e uyghur. Uyghur? Sim, a língua oficial da Região Autônoma Xinjiang Uyghur, onde estamos agora (sim, é China ainda), influenciada pelas línguas árabes e persa.
Bom, a língua não mudaria se o povo não fosse diferente. Já na rodoviária notamos que a feição dos passageiros era diferente, com traços parecidos com o do povo do Cazaquistão e Mongol.
Enfim, Urumqi, ou Wulumuqi (fala-se Ulumutchi), que significa belas pastagens, em uma língua mongol antiga! Há tempos monitorávamos a temperatura dessa isolada e gelada (no inverno) cidade e agora estamos nela! A cidade mais distante do oceano do mundo! Bom, o lado bom é que a partir dela, posso dizer que estaremos indo rumo ao mar!


Nossa estada em Wulumuqi tem sido exótica. Andando pelas ruas nos misturamos a muitas outras etnias, ouvimos diferentes línguas e vimoss comidas variadas. Castanhas e frutas secas das mais diversas: amêndoas, nozes, amendoim, pistache, castanha de caju, tâmaras, damasco, uvas, figo, e assim por diante! Os padeiros estão por toda parte, fazendo pães em formato de massa de pizza, com gergelim e ervas, em quentíssimos fornos a carvão mineral. Aliás, a cidade cheira carvão mineral, e é considerada uma das mais poluídas do mundo... detalhe!

  
Bom, esses estão sendo nossos dias gelados sem pedalada (somente indo para lá e para cá nas cidades). Pegamos neve, chuva, sol! Nesse meio tempo, estamos pesquisamos muito sobre os destinos futuros: Uzbequistão, Rússia, Azerbaijão?

Algumas cidades visitadas: Luzhou, Chengdu – Sichuan; Urumqi – Xinjiang Uyghur.

Curiosidades:
- Existe uma lei de trânsito que dá a preferência aos automóveis que viram à direita, mesmo que o sinal esteja verde para outros sentidos ou para os pedestres. Pura zona!
- Grande parte das crianças (1 – 3 anos) usa uma calça com um rasgo no bumbum. Não por acaso, vimos muitas delas fazendo necessidade no meio da calçada.
- Nas farmácias é muito comum a venda de ervas terapêuticas.
- Vimos muitas pessoas (especialmente os idosos) em parques e praças praticando Tai Chi e outras práticas não identificadas.

Dicas:
Visto do Cazaquistão: Pegamos o visto do Cazaquistão no Consulado em Urumqi. Fomos em uma quinta (15) à tarde (eles fecham entre 1 e 3 da tarde) e pediram para voltarmos no dia seguinte às 10h com os seguintes documentos: passaporte, uma foto, cópia do passaporte e do visto chinês e dois formulários distintos preenchidos. Falaram que levaria uma semana, mas devido ao Ano Novo (de 22 a 25/02/2012), ficaria pronto em 26 ou 27/03, sendo que nosso visto chinês expiraria no dia 27. Perguntei se poderiam emitir antes do feriado e consegui para o dia 19/03, ou seja, em dois dias úteis. Pegamos o passaporte, mas a data de entrada no Cazaquistão estava errada e devido ao feriado não tivemos tempo de modificar. O Consulado é um tanto bagunçado.

Trem: Certamente o melhor transporte para longas viagens na China: barato e confortável. Por esse motivo, as passagens não são fáceis de comprar. Compre o mais breve possível, lembrando de que não se pode comprar passagem com muita antecedência.
Em Chengdu, fomos a diversas agências de viagens e apenas uma delas vendia passagem de trem, mas a disponibilidade de passagem não era diferente da oferecida pelos escritórios de venda de bilhetes (espalhados pela cidade e na estação de trem).

Venda de passagens de trem: Em muitas cidades há pequenos escritórios de venda de passagem, onde há bem menos fila que nas estações em si. Há cobrança de 5 RMB (menos de 1USD) por passagem, o que vale a pena.

Ônibus de Chengdu para Urumqi: há um horário diário, às 16h. Um deles é comum, com bancos (700 RMB) e outro com camas (880 RMB) - mais 100 RMB por bicicleta. São três fileiras de beliches um tanto apertados. Não há banheiro no ônibus e as paradas não são das melhores, então não beba muita água, leve comida, sabonete e papel higiênico e aproveite as paisagens! São, aproximadamente, dois dias de viagem.

Telefone público: Não perca tempo buscando orelhões. Busque uma plaquinha com um telefone em locais como bancas e mercadinhos. Use e o valor aparecerá na telinha e pague ao dono do comércio. Simples assim!


29 de jan. de 2012

Feliz 2012!


Posted by Marcos


15/01/2012 – 27/01/2012 – de Hoa Binh a Sa Pa

Saindo de Hoa Binh, beirando o Rio Negro, pudemos notar que suprimentos de hortaliças parecem não faltar para a cidade, muitas hortas ao redor e arrozais, como sempre. Cartazes em frente aos restaurantes nos chamavam atenção: “Thit Chó” e a imagem de um cachorro – ali vendia carne de cachorro. Surpreendia-nos ainda mais quando víamos o animal na bancada sendo fatiado com facões de dar inveja, a carne tem coloração bem diferente da carne bovina e suína, ou seja, de coloração mais escura. Aqui ou na China ainda experimentaremos esta iguaria.
Fomos diversas vezes abordados para beber algo alcóolico ou chá junto com os vietnamitas, principalmente em suas casas. Num restaurante, um deles me ofereceu e me levou uma canecona de cerveja morna, bebi-a inteira e, acompanhando cada gole que dava, venho me cumprimentar, o cumprimento vinha sempre após bebermos tudo que nos ofereciam. “Cachaça” de arroz, uma bebida parecida com vinho com pedaços da fruta, uísque e por aí vai...alguns nos recebiam em suas casas e simplesmente ficavam junto a nós, outros curiosos nos perguntavam por meio de gestos o mesmo de quase sempre: “Vocês são casados? Têm filhos? Quantos?” E riam das diferenças de altura entre nós e eles, lado a lado nos medindo e comparando. Certo dia, fomos convidados para almoçar e nos serviram bastante comida, uma recepção e tanta para nós que grande parte do tempo estamos gastando energia e com vontade de comer algo, muitas vezes algo comum outras vezes algo incomum para nós, mas comum para eles. Uma ótima oportunidade para experimentar novas comidas!

Outra ótima oportunidade que tivemos para experimentar comidas novas e típicas foi quando ganhamos 11 pacotinhos de arroz (ao todo – sendo um deles um pacotão) ao longo do trajeto até Sa Pa, onde parávamos para tomar chá, dormir ou simplesmente quando passávamos pelos vilarejos.


Certo dia, dormimos num recinto para os agricultores locais, parecia ser uma espécie de local de treinamento e um dormitório simples, mas a noite não foi das melhores, baratas mortas, aranha e barulhos noturnos que pareciam ser insetos, sendo assim na maioria das vezes preferíamos acampar, mesmo com a alta umidade – certas regiões é realmente difícil acampar, nas montanhas e nos lamaçais dos arrozais.
A questão que se seguia era: ir pelo caminho mais longo para Lao Cai – fronteira com a China ou pelo caminho curto? Optamos pelo curto, passando por Yên Bái, uma cidade um pouco maior, mas retornamos ao outro caminho (longo) para conhecermos uma bela região montanhosa e, especialmente, a cidade de Sa Pa, famosa pelo turismo, belas paisagens e cultura.
O trajeto que seguimos até Yên Bái foi uma aula de agricultura das montanhas, muita plantação de chá, num sobe e desce quase constante por entre curiosos vilarejos. Plantações que pareciam estar focada no consumo bem regionalizado, alguns arrozais e hortas nas calçadas das casas.
Em Yên Bái, assim como em Hoa Binh, as feiras são muito comuns, vende-se desde animais vivos a hortaliças e frutas. Mas tem também os que preferem circular pela cidade em bicicletas ou motos com cestos com galinhas vivas, porcos, ou vegetais. Aliás, o transporte por aqui é algo curioso, nos ônibus era comum ver motos no seu teto do lado de fora, bancos de cimento, árvores, bicicletas e, é claro, as bagagens comuns como malas, tudo misturado.
Nos restaurantes encontramos as placas do tipo de comida que se vende e na calçada deixam uma estante de vidro exposta com os pratos que eles estão servindo, fazemos a combinação e se não for muita comida nos cobram 30.000 dongs por pessoa = R$ 2,70.
Notávamos, por onde passávamos, que todos estavam diferentes, muitas pessoas nas ruas e as ruas enfeitadas, consultamos e descobrimos que o ano lunar marca o início do ano tanto para os vietnamitas quanto para os chineses, então era dia de se preparar para as comilanças comuns para nós mais no Natal, vimos famílias inteiras a beira das calçadas para ajudarem na matança e na limpeza dos frangos. Grandes panelas ferviam à base de lenha.


Mais um ano novo para nós! Passamos o dia 22/01/2011 para o dia 23/01/2012 numa casa simples do vilarejo ao pé da primeira grande serra que pegaríamos para Sa Pa. Todos bem vestidos e alegres. As crianças por ali eram curiosas, porém pacatas e mais discretas.
A descida, após alcançarmos 1.050 m de altitude foi impressionante, não tínhamos visto nada igual aquilo: o ar frio estava sendo empurrado pelo vento e de repente o sol e depois o céu começaram a aparecer rapidamente, quando olhamos vimos a paisagem magnífica que foi surgindo bem abaixo de nós, casa iguais e grupos étnicos que víamos antes (Hmong e Dzao), agora estavam mais frequentes, o céu azul e as montanhas enfeitavam a paisagem.
A derradeira subida para Sa Pa! O maior desafio, subiríamos até 2.010 m de altitude e depois desceríamos até 1.600 m onde se localiza Sa Pa. A subida em si não foi cansativa o que cansou mais foi a umidade e o frio, diferente de tudo que havíamos sentido, a dor nos dedos das mãos e dos pés nos incomodava, logo nos primeiros quilômetros de descida. A 7 km de Sa Pa paramos num vilarejo e aquecemos as mãos numa panela cheia de carvão que uma moça e seus ratos tinham em sua casa (era rato zanzando para lá e para cá, mas ela parecia não se incomodar), agradecemos a hospitalidade e seguimos em frente. Chegando em Sa Pa a cidade estava dominada por uma neblina incrível, não se enxergava 10 m adiante, não conseguíamos ver direito para onde ir na cidade para procurar um local para dormir, tudo ficava mais difícil ainda. Mas enfim o céu começou a aparecer (1 dia e meio depois) e o sol também, mais pessoas saíram as ruas e pudemos ver as montanhas por onde viemos e tudo que rodeia a bela e agradável cidade.
As feiras da cidade de Sa Pa são repletas de roupas de frio e roupas comuns e também acessórios diversos, assim como enfeites e souvenires dos grupos étnicos que estão por toda a parte da cidade, principalmente os Hmong, e a todo momento uma senhora, as vezes crianças, ou Hmong ou Dzao - outro grupo mas em menor quantidade por aqui, vem insistentemente, algumas vezes, oferecer seus itens e acessórios de artesanato típicos como pulseiras, colares e bolsas.
Em Sa Pa encontramos alguns alimentos diferentes e bem típicos como cogumelos; muitas ervas; batata doce, ovos e espetos de diversas carnes na grelha.
A cidade tem uma bela igreja no centro e próximo à praça central, onde se concentram feiras, lojas de roupas, restaurantes e hotéis, todos com muitas opções.
Muito curioso é o comportamento dos grupos que habitam Sa Pa: os homens e crianças Hmong têm o costume de andarem abraçados pelas ruas e jogar badminton com os pés e as mulheres andam de mãos dadas, com seus trajes enfeitados dominam as ruas, andando de um lado para o outro, estando vendendo algo ou não, no final das contas eles acabam sendo a atração principal desta bela cidade.



Curiosidades: É comum, pelos locais onde passamos (mais ao Norte do país), encontrar igrejas católicas, diferente dos outros países onde estivemos.
Possuem o alfabeto romanizado, mas com muitos acentos nas letras e pronuncia complicada.
Os vietnamitas são assíduos bebedores de chás (principalmente chá verde) e bebidas alcoólicas.
Não é fácil encontrar livrarias por onde passamos. Talvez em pontos mais turísticos pode-se encontrar.
Os açougues ficam a beira de estradas e ruas e os animais normalmente são abatidos ali próximo, fatiados com grandes facões nas bancadas e expostos ali mesmo.
É comum o cultivo de hortaliças nas calçadas das casas.
O povo daqui gosta de falar (alto) ao pé do ouvido.



Algumas cidades visitadas: Yên Bái, Mâu A, Lankuy, Sa Pa.

Dicas:

Equipamentos: A bolsa de água (water bag) de 10 L da Ortlieb começou a apresentar vazamento após apenas 10 usos;

Comidas: além dos pratos vietnamitas dos restaurantes, nos suprimos por muito tempo de leite condensado, pão e banana (quando encontrávamos), macarrão instantâneo, ovo (de pata e de galinha), laranja, mexerica, leite de soja e de vaca e refrigerante (somente eu)

Bancos: a maioria atende as bandeiras existentes no Brasil e no mundo Ocidental, no Vietnã a maioria dos caixas possuem limite máximo de saque por vez de 2.000.000,00 dongs, aproximadamente R$180,00, os ATMs da Agribank possuem limite máximo de saque por vez de 5.000.000,00 dongs e os ATMs da BIDV 3.000.000,00 dongs.

Sa Pa:
- esteja preparado para períodos de frio e névoa de Dezembro a Janeiro;
- é possível encontrar pela cidade locais que vendem jaquetas, meias, luvas e roupas em geral para o frio;
- encontramos mercados fora do centro (que não é muito longe) com itens até 50% mais baratos;

Telefonia: A ligação custa em torno de 0,50 USD/minuto para o Brasil. Compram-se os créditos e o chip é de graça.

Estradas: as que constam nos mapas nem sempre são asfaltadas e, em algumas aparentemente de médio porte, não se consegue transitar com carro convencional por ser muito estreita e com íngremes subidas em terra, cascalho e às vezes algumas travessias de rios, consulte bem antes de percorrê-las.

4 de dez. de 2011

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21 de nov. de 2011

Tailândia I - Pé na estrada / Thailand I - On the road



Posted by Marilia


13/11/2011 - 19/11/2011 - De Bangcoc a Phetchabun, Tailândia.


Agora sim, finalmente partimos rumo à Europa, no dia 13 de Novembro! Pegamos um trem até uma estação que nos afastou um pouco da muvuca do centro da capital Tailandesa e começamos a pedalar.

Bom, decidimos mudar nossa rota logo no começo, e não vamos mais para o Camboja. Queríamos muito conhecer os templos de Siem Reap, chamados Angkor Wat, mas como tivemos de ficar esperando minha mala, a questão “clima no futuro” pegou, e não queremos pegar frio na Russia (se é que o roteiro não muda até lá!). E também, conversamos com quem visitou o lugar e nos disseram que o caminho até lá – 360 km de Bangcoc – não é bonito. Bom, o fato foi que reformulamos o caminho rumo ao norte da Tailândia!

O primeiro dia foi, basicamente, uma fuga de Bangcoc. Pedalamos 70km até Chachoengsao, onde chegamos no final da tarde e o dilema começou – onde armar nossa barraca? Depois de rodar um pouco pela cidade, decidimos pedir em algum templo, o que não falta pelo país todo.
Por fim, armamos nossa barraca em um ring de boxe tailandês, ensinado a crianças órfãs acolhidas por um monge que nos recebeu muito bem, oferecendo comida, banho e água.

Fora a novidade de dormir em um templo, vimos que o negócio de chuveiro e privada como conhecíamos era luxo de Bangcoc. Banho frio de caneca e privada turca, cuja descarga é um potinho com o qual você joga água e manda tudo embora.

No segundo dia, desviamos para uma estrada menor que estava bem mais tranquila, aliás muuuito tranquila. A paisagem era sempre alagadiça e a cada quilômetro víamos um tipo de criação diferente – peixe, camarão, lula. Nessa noite, não titubeamos e também dormimos em um templo com uma área externa imensa, onde viviam poucos monges, talvez uns seis. Nem precisamos de despertador, porque às 4 e 30 da matina eles começaram a cantar mantras e uma caixa de som imensa e alta reverberava a cantoria. Bem diferente!

Até então, foram quase 200 km de plano, totalmente plano, quase ao nível do mar. No terceiro dia, as coisas mudaram depois que adentramos em um Parque Nacional, o Khao Yai. Foram 35 km de subida em uma estrada perfeitamente asfaltada, envolta por muita floresta, macacos, pássaros e até elefantes, que não vimos, somente suas fezes (secas!). Dormimos, praticamente, em um spa de luxo – um camping com chuveiro (com água fria) e uma das privadas “normais”. Subimos quase 1.000m, então o clima mudou bastante, já com noites frias e dias menos abafados.

Passamos o dia seguinte no camping, lavamos roupa, escrevemos para o blog, descansamos, caminhamos, comemos, enfim, relaxamos as pernas! Tudo isso na companhia de muitos veados espalhados pela área do camping, buscando comida.

No camping, conhecemos um casal que vive na Austrália, Kora e Yan, que também estava viajando de bike – da Inglaterra à Austrália! Haviam partido em Março e pareciam ter outras experiências com esse tipo de viagem, então aproveitamos para trocar umas ideias e vimos que não estamos muito fora do esquema.

Saímos do parque e seguimos ao Norte por estradas pequenas, com pouco movimento. Iniciamos um trecho mais rural, com muitas plantações e pomares – milho, cana, mandioca, fruta do conde (delícia!), pitaia e arroz. Andamos mais três dias, agora com mais calor e muito sol. Já no meio da manhã, o sol é muito forte! Já não estávamos mais passando por lugares em que turista é comum, então todos olhavam muito, sorriam, faziam joia e muitos diziam “hallo, hallo!”. Dormimos mais duas noites em templos perdidos no meio dos pequenos vilarejos e uma noite em um pequeno hotel, na beira de uma estrada. Lugar simpático, não dos mais limpos e no meio do nada, já que há poucas cidades nas estradas em que estamos.

Andar por estradas menores tem vantagens e desvantagens. A vantagem é a tranquilidade das estradas e o visual, e a desvantagem é que você precisa estar abastecido para cozinhar à noite (e isso significa carregar mais peso, lavar a louça – no escuro, muitas vezes, etc.), enquanto que nas estradas maiores sempre tem uma cidade em que você pode jantar, senão tiver a fim de cozinhar. Por enquanto estamos misturando um pouco de cada. Estamos sempre almoçando em restaurantes, se é que se pode chamar de restaurante. A comida por aqui é bem barata (por 1 ou 2 USD comece-se bem) e há pratos bem gostosos (outros nem tanto). Escolher onde comer é uma aventura, pois muitos restaurantes não têm cardápio e muitos dos que o tem são sem figuras e todo em thai! Às vezes vamos até a “cozinha” e indicamos os ingredientes, ou vemos um prato que alguém está comendo e falamos que queremos um daquele. Mas com um detalhe importantíssimo – sem pimenta! Sério, o negócio deles com pimenta é um caso sério. Tem vez que engasgo, me falta ar e arde tudo só de ficar perto da cozinha deles, imagine comer!

Aos poucos, fomos adquirindo mais experiência e pegando os macetes dessa vida que levaremos por um tempo. Acordar, enrolar o colchão, dobrar travesseiro, empacotar tudo (o que secou e o que não secou) e colocar nos alforjes, desmontar a barraca, tomar café, escovar os dentes e pé na estrada! No meio do caminho é preciso decidir se estoca ou não comida e água, porque nunca se sabe se vai haver algum vilarejo (que não estão no mapa!). No final da tarde, o processo é contrário, desempacotando, armando barraca, além de cozinhar, muitas vezes, lavar e secar louça.

Outra coisa bem diferente são as pessoas, que fazem um alvoroço com a nossa presença, rindo de nós e falando mil coisas que não entendemos. Acham graça do jeito como falamos, de não entendermos o que falam, de tentarmos falar Thai, de estarmos viajando de bicicleta, enfim, de tudo. O povo aqui ri muito e é muito curioso. Quando estamos mexendo em algo diferente, como o filtro de água, as pessoas ficam olhando tanto, com tanta atenção, que o Marcos diz que vai vender ingressos.

Com certeza o conceito de limpeza aqui é diferente do nosso. Os banheiros raramente têm sabonete e não se usa papel higiênico, mas o tal do potinho para se lavar, técnica que ainda não aprendi muito bem. Na cozinha, o conceito de limpeza é também diferente, mas as comidas cozidas são bem cozidas, o que é frito é bem frito e o que é cru não comemos, só quando nós mesmos preparamos. Já comemos em diversos lugares e nada fez mal, até então. O pessoal daqui parece se preocupar com a água que bebe e ninguém bebe da torneira.

Nossa, tem tanta coisa nova que dá vontade de contar tudo, mas vou ficando por aqui!

Algumas cidades visitadas: Chachoengsao, Bang Sang, Prachin Buri, Pak Chong e Wichian Buri.

Facilidades inesperadas: Encontrar lugar para acampar, tomar banho! (Mãe, todos os dias, até agora!), comer muito barato.

Dificuldades: Comunicação, montar a barraca bem e rápido, calor e muito sol, beber água quente durante a pedalada (parece que não mata a sede!), sair bem cedo (arrumar as coisas antes do sol nascer é difícil, por causa do escuro e com lanternas não somos tão rápidos).

Os alimentos mais consumidos no período: arroz (papa e sem sal), sardinha enlatada, noodle, frango, ovo, banana (a preço de banana – uma dúzia por menos de 1 USD).

Dicas:

Alforjes: A ideia é colocar semelhantes junto com semelhantes, do tipo: coisas para dormir tudo junto, coisas para higiene junto, coisas para frio, coisas para calor, e assim por diante, de modo que fique prático para achar. Mas nem sempre isso é 100% possível, pois é preciso equilibrar o peso nos quatro alforjes (dois dianteiros e dois traseiros).

Língua: O pessoal por aqui não faz muita mímica, simplesmente fica falando, crente de que você está entendendo tudo. Temos um bloquinho com algumas frases escritas em Thai (cujo alfabeto é bem diferente do nosso) e algumas “como se lê”, como água, sem pimenta (por questão de sobrevivência), posso acampar aqui, posso tomar banho, remédio, hotel, quanto custa, obrigado, oi. Bem útil! Outras coisas boas são um bloco de papel e caneta, para o caso da comunicação verbal e gestual não rolar mesmo.

Placas: Não confie nas distâncias para cidades que as placas nas estradas indicam – em uma há indicação de uma distancia, e depois de alguns quilômetros em direção a ela, há outra indicando uma distância maior!

Higiene: É bem útil ter sempre papel higiênico e sabonete.

Confiram as fotos aqui!


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13/11/2011 - 19/11/2011 - From Bangcoc to Phetchabun, Thailand
 


On November 13, we finally started going in direction to Europe! We took a train to a station located far from downtown of the Thai's capital. Then, we proceeded by bicycle.


We had already decided to change our route some time ago and, as a result, we're not going to pass through Cambodia. We'd like to visit the Siem Reap's temples - called Angkor Wat - but we wasted our time waiting for my changed luggage. But the weather condition was the main reason that led us to give up, we didn't want to face the Russia's freezing weather (considering the route wouldn't change again). In addition, we got the information that the 360km-long pathway starting in Bangkok didn't have a beautiful view. So, we reformulated the route in order to go toward Northern Thailand. 


The first day was basically an escape from Bangkok. We biked for 70 km toward Chachoengsao, where we arrived late in the afternoon. So, the dilemma came out: Where can we put up our tent? After biking around the town, we decided to ask for a shelter in some temples, which are plentiful throughout the country. We ended up putting up our tent in a Muay Thai boxing ring where orphan children are taught and are cared by a monk who, by the way, welcomed us kindly offering food, bath and water.


Apart from the fact of sleeping in a temple, we realized that the shower and the flush toilet were luxury of Bangkok. We had a cold bucket bath and had to use a squat toilet, whose flushing mechanism is to throw water in it with the aid of little pot.


On the second day, we biked on a quiet narrow road, by the way, a very quiet one.  The landscapes were saturated with water in which we could see different kinds of animals, such as fish, shrimp, and squid. At night, we didn't hesitate in sleeping in a temple with a spacious outdoor area, It was a shelter for some few monks (maybe six monks, I think). We didn't even need an alarm clock because they started singing mantras that reverberated through the temple from a big powerful speaker. That was new to us!


So far, we had biked almost 200 km in a flat land, a completely flat one that was almost at the sea level. But, things changed on the third day when we got in the Khao Yai National Park. We faced a 35km-long ascent, cycling on a paved road which was surrounded by the forest - there were monkeys, birds and even elephants (We've seen only their feces!). We practically slept in a luxurious spa, it was a camping that had shower head (cold shower) and flush toilet. As we ascended almost 1.000m, the climate changed a lot - it was characterized by its cold nights and less sultry days. 


We spent the following day in the camping: we did the laundry, we wrote our posts, we rested, we took a walk, in short, we rested our legs! We did all that in the company of a lot of deer, which were seeking for food throughout the camping.


There, we met a cyclist couple who lives in Australia - Kora and Yan - they were traveling by bicycle from the UK toward Australia! Once the departed in March, they seemed to have background in this kind of trip, so we took the opportunity to share some ideas with them (We realized that we're not on the wrong way!).


We left the park and proceeded toward the North along some slightly busy narrow roads. Then, we took a road in the countryside, where there were lots of cultivated areas - corn, sugar cane, assava, delicious sweetsop, pitaya and rice. We cycled under the heat of the blazing sun for three days(It was very hot, even early in the morning!). Once we weren't passing through places visited by tourists, everyone stared at us: they smiled, they gave a thumbs-up to us and, many of them, said "hallo, hallo!". We slept two nights in lost temples in small villages and one night in a small hotel by the road side (It was a cozy place...not that clean one...and located in the middle of nowhere, there were few towns by the road side).


Cycling across narrow roads has its advantages and disadvantages. An advantage is the tranquility and the view, and disadvantage is that you have to cook in the evening (which means that you have to carry more load, do the dishes in the darkness and so one). On the other hand, there is always a town along larger roads where you can have dinner if you're not in the mood to cook. For the time being, we've been cycling across both large roads and narrow ones. We always have lunch in restaurants (I'm not sure if we can call those places restaurants). The food is very cheap (US$ 1.00 or US$ 2.00) and there are very delicious dishes and also not that delicious ones. Choosing what to eat is an adventure because many restaurants don't have a menu and when there is one, it's written in Thai and there is no illustrations! Sometimes, we have to either go to the kitchen to indicate the ingredients we want or choose the dish by looking what someone else is eating. We don't forget a very important detail - no pepper! I'm not kidding, their taste for pepper is a serious case. Sometime I choke by only staying near the kitchen, imagine what if I eat their spicy food!


Day by day, we started getting more and more experience and learning the ins and outs of the new routine we'll face in the following months: Waking up, rolling up the sleeping pad, folding the pillow, packing everything in the panniers, disassembling the tent, having breakfast, brushing the teeth to finally hit the road! It's important to decide whether or not to carry food and water, because you never know if you'll find a village on the way (they are never indicated on the map!). At the end of the day, you have to do the reverse process: unpacking things, putting up the tent, cooking, doing and drying the dishes.


People's behavior is a little bit weird to us. They just get rowdy with our presence, they laugh at us and speak a lot of things we don't understand. They laugh at the way we talk, the fact that we don't understand them, the fact we try to speak Thai, the fact we're traveling by bicycle. In short, they laugh at everything. Here, people laugh a lot and are very curious as well. When we're handling something unknown to them, like a water filter, they stare at it so much that Marcos said that he'll start charging them (lol).


Here, the cleaning concept, without a doubt, is different from ours. The toilets seldom have soap and toilet paper is not used at all; instead, they use that pot for washing (a technique I haven't learnt very well). In the kitchen, the cleaning concept is different too but the dishes are well prepared (we don't only eat the raw dishes, we eat only those which are prepared by us). So far, we have eaten in several places and we haven't got sick yet. Here, people seem to worry about the water quality, nobody drinks tap water.  


Wow, we've experienced so many new things that I want to write about at once, but that's all for now!



List of visited towns and villages: Chachoengsao, Bang Sang, Prachin Buri, Pak Chong and Wichian Buri.


Unexpected facilities: A place to camp, daily bath (Mom, I've taken a shower everyday so far!) and cheap food.


Difficulties:  Communication, putting up the tent properly and fast, hot weather, the blazing sun, drinking warm water during the ride (It seems that it doesn't quench our thirst!), hitting the road earlier (packing things before the sun rise is difficult because it's dark and we're not so fast handling lamps).


The most consumed food so far: rice (mushy and tasteless), canned sardine, noodle, chicken, eggs and banana (You can get a dozen for a song, only US$ 1.00)



Tips:



Panniers: The idea is to group and store alike stuff, like sleeping, personal hygiene, cold weather, hot weather and so one. So that it gets easier to find them. But, that's not a hundred percent possible, once you have to balance the load on the bikes (two panniers are placed on the front and two on the back).


Language: Here, people don't care if you don't understand what they're saying, they just keep talking. We have a notepad on which we wrote some useful words and phrases in Thai and in the way they are pronounced (Thai's alphabet is quite different from the Brazilian one) - some examples: water, no pepper (it's a matter of survival), can I camp here?, can I take a shower?, medicine, hotel, how much is it?, thank you and hi!. In case of failure in verbal and body language communication, a pen and a piece of paper are very useful.


Traffic signs: Don't trust in the distance data between cities provided by traffic signs - A traffic sign indicates a certain distance but, kilometers ahead, there is other one indicating a distance even greater than the previous one!


Hygiene: It's useful to carry toilet paper and soap, in case you need.

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