Posted by Marilia
Depois de todas as emoções dos preparativos, veio uma emoção ainda maior: a partida. Sentimos um misto de felicidade, de estarmos finalmente partindo depois de tanto planejamento e dedicação, e de tristeza de sabermos que ficaremos longe por alguns bons meses de tantas pessoas queridas.
O fato foi que no dia 25 de Outubro estávamos voando para Madri, onde chegamos 11h depois, às 8h da matina em Brasília, e às 12h na capital espanhola. A viagem de avião até Madrid foi cansativa, só com algumas cochiladas entre algumas turbulências que chegavam a nos acordar.
Depois de rodar muito no imenso aeroporto, percebemos que voar para Barcelona iria causar um dano profundo nas finanças (¢120,00/passagem), então, com a ajuda de um “portunhol” barato nos informamos e compramos duas passagens de ônibus para Barcelona por ¢60,00. Foi apenas a primeira compra cujo atendente é uma máquina e não está em um guichê, além de ser bem esperto e falar diversas línguas. Vale a dica que se você não encontrar essa máquina ou tiver dificuldade, é possível comprar passagens de ônibus em uma agência de turismo no aeroporto que, claro, cobra uma taxa por passagem (¢6,00). Além disso, essa “mini rodoviária” está no terminal 4 (T4) do aeroporto de Madri, que fica distante dos outros 3 terminais, então é preciso pegar um ônibus gratuito (número 200, à época).
Entramos no ônibus comendo uma baguete com “tortilha” (basicamente um omelete de batata, bem típico da Espanha e bem gostoso) e nos ajeitamos para 8h de viagem, que foram ótimas! Tudo era novidade, até o banheiro do ônibus que não fica no fundo, mas sim no “subsolo” do ônibus. Mas o mais divertido foram as paisagens bem diferentes das do Brasil. Solo arenoso, vegetação rasteira, plantações de azeitonas e de outras coisas não identificadas, fora as hélices imensas para geração de energia através dos ventos, que aliás são fortíssimos na região!
Já tarde chegamos à “Estación Sants” e pulamos do ônibus, cada um com uma sacola de bagagem. Vale a dica que se você for de ônibus à Barcelona, há duas estações, a Sants e a Nord. Pegamos o metrô e depois um “ferrocarril”, que é uma espécie de metrô um pouco mais lento. A dica para o viajante é que quando você for comprar um ticket de algum transporte, a melhor opção, se você for usar muito, é o bilhete com 10 unidades, na zona 1 (abrange toda a cidade de Barcelona). Com este bilhete, você pode pegar qualquer tipo de transporte e os próximos são de graça na próxima hora. O transporte público em Barcelona é impressionante, com malhas de trem, metro, ferrocarril e ônibus pela cidade inteira, fora as bicicletas para alugar que ficam espalhadas pela cidade toda e que é muito usada pelos moradores da cidade. Não é para menos, a cidade é plana e com o trânsito muito bem organizado, com muitos quilômetros de ciclovia e onde não há, os motoristas respeitam o compartilhamento da rua. É de tirar o chapéu! Pedalar em Barcelona é uma atração à parte!
Não tivemos muito tempo para fazer turismo, pois tivemos que comprar algumas coisas que faltavam, mas aproveitávamos e íamos andando, passando por lugares bem bonitos. Foi até engraçado, quando estávamos indo a uma bicicletaria e demos de cara com a Sagrada Família e levamos um susto de tão grande que ela é. De um lado é moderna e do outro parece um castelo de areia gigante! Conhecemos também o bairro gótico, que é uma parte bem antiga da cidade, com ruas estreitas e muros imensos de pedras. Em um dia livre para turismo, alugamos duas bicicletas por 4h e fomos ao Montjuic (morro dos judeus), onde visitamos um castelo imenso e mirantes que davam vista à Barcelona inteira. Ainda de bicicleta, demos uma volta pela orla e conhecemos a Marina e a “praia” deles, cuja areia é trazida de outro lugar, e uma corrente marítima a leva para um ponto em que há toneladas de areia acumulada.
Bom, claro que antes de tudo isso fomos ver as “bicis” que havíamos encomendado. Logo no primeiro dia fomos à bicicletaria e lá estavam elas expostas, lindas e perfeitas para viagens longas.
Na última noite em Barcelona, ficamos horas desmontando as bicicletas para colocar nos malabikes e as tralhas todas nos alforges. Deu um trabalho do cão, mas coube tudo e para uma viagem tão longa, até que foi pouca coisa, mas claro que tivemos de pedir um taxi grande. Marcamos para às 6h da matina e nessa hora fomos ao aeroporto rumo à Bangcoc! Mas antes fomos para a alfândega para receber o IVA de volta, um imposto válido somente para moradores do país que para certos produtos acima de 90 euros pode ser reembolsado. É preciso solicitar nas lojas o “tax free” ou “Global blue” e a nota. As lojas que não possuem convênio com esses dois, emitem uma nota que podem ser reembolsadas também.
Mais uma partida! Gostamos muito de Barcelona e queremos voltar com mais tempo. Muito obrigado pela ótima estadia, “tita”! Hasta la vista!
No momento, estamos em Bangkok em busca de uma de nossas malas perdida! Fica o mistério até o próximo post!