Mostrando postagens com marcador rota. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador rota. Mostrar todas as postagens
12 de abr. de 2012
29 de jan. de 2012
Feliz 2012!
Posted by Marcos
15/01/2012 – 27/01/2012 – de Hoa Binh a Sa Pa
Saindo de Hoa Binh, beirando o Rio Negro, pudemos notar que suprimentos de hortaliças parecem não faltar para a cidade, muitas hortas ao redor e arrozais, como sempre. Cartazes em frente aos restaurantes nos chamavam atenção: “Thit Chó” e a imagem de um cachorro – ali vendia carne de cachorro. Surpreendia-nos ainda mais quando víamos o animal na bancada sendo fatiado com facões de dar inveja, a carne tem coloração bem diferente da carne bovina e suína, ou seja, de coloração mais escura. Aqui ou na China ainda experimentaremos esta iguaria.
Fomos diversas vezes abordados para beber algo alcóolico ou chá junto com os vietnamitas, principalmente em suas casas. Num restaurante, um deles me ofereceu e me levou uma canecona de cerveja morna, bebi-a inteira e, acompanhando cada gole que dava, venho me cumprimentar, o cumprimento vinha sempre após bebermos tudo que nos ofereciam. “Cachaça” de arroz, uma bebida parecida com vinho com pedaços da fruta, uísque e por aí vai...alguns nos recebiam em suas casas e simplesmente ficavam junto a nós, outros curiosos nos perguntavam por meio de gestos o mesmo de quase sempre: “Vocês são casados? Têm filhos? Quantos?” E riam das diferenças de altura entre nós e eles, lado a lado nos medindo e comparando. Certo dia, fomos convidados para almoçar e nos serviram bastante comida, uma recepção e tanta para nós que grande parte do tempo estamos gastando energia e com vontade de comer algo, muitas vezes algo comum outras vezes algo incomum para nós, mas comum para eles. Uma ótima oportunidade para experimentar novas comidas!
Certo dia, dormimos num recinto para os agricultores locais, parecia ser uma espécie de local de treinamento e um dormitório simples, mas a noite não foi das melhores, baratas mortas, aranha e barulhos noturnos que pareciam ser insetos, sendo assim na maioria das vezes preferíamos acampar, mesmo com a alta umidade – certas regiões é realmente difícil acampar, nas montanhas e nos lamaçais dos arrozais.
A questão que se seguia era: ir pelo caminho mais longo para Lao Cai – fronteira com a China ou pelo caminho curto? Optamos pelo curto, passando por Yên Bái, uma cidade um pouco maior, mas retornamos ao outro caminho (longo) para conhecermos uma bela região montanhosa e, especialmente, a cidade de Sa Pa, famosa pelo turismo, belas paisagens e cultura.
O trajeto que seguimos até Yên Bái foi uma aula de agricultura das montanhas, muita plantação de chá, num sobe e desce quase constante por entre curiosos vilarejos. Plantações que pareciam estar focada no consumo bem regionalizado, alguns arrozais e hortas nas calçadas das casas.
Em Yên Bái, assim como em Hoa Binh, as feiras são muito comuns, vende-se desde animais vivos a hortaliças e frutas. Mas tem também os que preferem circular pela cidade em bicicletas ou motos com cestos com galinhas vivas, porcos, ou vegetais. Aliás, o transporte por aqui é algo curioso, nos ônibus era comum ver motos no seu teto do lado de fora, bancos de cimento, árvores, bicicletas e, é claro, as bagagens comuns como malas, tudo misturado.
Nos restaurantes encontramos as placas do tipo de comida que se vende e na calçada deixam uma estante de vidro exposta com os pratos que eles estão servindo, fazemos a combinação e se não for muita comida nos cobram 30.000 dongs por pessoa = R$ 2,70.
Notávamos, por onde passávamos, que todos estavam diferentes, muitas pessoas nas ruas e as ruas enfeitadas, consultamos e descobrimos que o ano lunar marca o início do ano tanto para os vietnamitas quanto para os chineses, então era dia de se preparar para as comilanças comuns para nós mais no Natal, vimos famílias inteiras a beira das calçadas para ajudarem na matança e na limpeza dos frangos. Grandes panelas ferviam à base de lenha.
Mais um ano novo para nós! Passamos o dia 22/01/2011 para o dia 23/01/2012 numa casa simples do vilarejo ao pé da primeira grande serra que pegaríamos para Sa Pa. Todos bem vestidos e alegres. As crianças por ali eram curiosas, porém pacatas e mais discretas.
A descida, após alcançarmos 1.050 m de altitude foi impressionante, não tínhamos visto nada igual aquilo: o ar frio estava sendo empurrado pelo vento e de repente o sol e depois o céu começaram a aparecer rapidamente, quando olhamos vimos a paisagem magnífica que foi surgindo bem abaixo de nós, casa iguais e grupos étnicos que víamos antes (Hmong e Dzao), agora estavam mais frequentes, o céu azul e as montanhas enfeitavam a paisagem.
A derradeira subida para Sa Pa! O maior desafio, subiríamos até 2.010 m de altitude e depois desceríamos até 1.600 m onde se localiza Sa Pa. A subida em si não foi cansativa o que cansou mais foi a umidade e o frio, diferente de tudo que havíamos sentido, a dor nos dedos das mãos e dos pés nos incomodava, logo nos primeiros quilômetros de descida. A 7 km de Sa Pa paramos num vilarejo e aquecemos as mãos numa panela cheia de carvão que uma moça e seus ratos tinham em sua casa (era rato zanzando para lá e para cá, mas ela parecia não se incomodar), agradecemos a hospitalidade e seguimos em frente. Chegando em Sa Pa a cidade estava dominada por uma neblina incrível, não se enxergava 10 m adiante, não conseguíamos ver direito para onde ir na cidade para procurar um local para dormir, tudo ficava mais difícil ainda. Mas enfim o céu começou a aparecer (1 dia e meio depois) e o sol também, mais pessoas saíram as ruas e pudemos ver as montanhas por onde viemos e tudo que rodeia a bela e agradável cidade.
As feiras da cidade de Sa Pa são repletas de roupas de frio e roupas comuns e também acessórios diversos, assim como enfeites e souvenires dos grupos étnicos que estão por toda a parte da cidade, principalmente os Hmong, e a todo momento uma senhora, as vezes crianças, ou Hmong ou Dzao - outro grupo mas em menor quantidade por aqui, vem insistentemente, algumas vezes, oferecer seus itens e acessórios de artesanato típicos como pulseiras, colares e bolsas.
Em Sa Pa encontramos alguns alimentos diferentes e bem típicos como cogumelos; muitas ervas; batata doce, ovos e espetos de diversas carnes na grelha.
A cidade tem uma bela igreja no centro e próximo à praça central, onde se concentram feiras, lojas de roupas, restaurantes e hotéis, todos com muitas opções.
Muito curioso é o comportamento dos grupos que habitam Sa Pa: os homens e crianças Hmong têm o costume de andarem abraçados pelas ruas e jogar badminton com os pés e as mulheres andam de mãos dadas, com seus trajes enfeitados dominam as ruas, andando de um lado para o outro, estando vendendo algo ou não, no final das contas eles acabam sendo a atração principal desta bela cidade.
Curiosidades: É comum, pelos locais onde passamos (mais ao Norte do país), encontrar igrejas católicas, diferente dos outros países onde estivemos.
Possuem o alfabeto romanizado, mas com muitos acentos nas letras e pronuncia complicada.
Os vietnamitas são assíduos bebedores de chás (principalmente chá verde) e bebidas alcoólicas.
Não é fácil encontrar livrarias por onde passamos. Talvez em pontos mais turísticos pode-se encontrar.
Os açougues ficam a beira de estradas e ruas e os animais normalmente são abatidos ali próximo, fatiados com grandes facões nas bancadas e expostos ali mesmo.
É comum o cultivo de hortaliças nas calçadas das casas.
O povo daqui gosta de falar (alto) ao pé do ouvido.
Algumas cidades visitadas: Yên Bái, Mâu A, Lankuy, Sa Pa.
Dicas:
Equipamentos: A bolsa de água (water bag) de 10 L da Ortlieb começou a apresentar vazamento após apenas 10 usos;
Comidas: além dos pratos vietnamitas dos restaurantes, nos suprimos por muito tempo de leite condensado, pão e banana (quando encontrávamos), macarrão instantâneo, ovo (de pata e de galinha), laranja, mexerica, leite de soja e de vaca e refrigerante (somente eu)
Bancos: a maioria atende as bandeiras existentes no Brasil e no mundo Ocidental, no Vietnã a maioria dos caixas possuem limite máximo de saque por vez de 2.000.000,00 dongs, aproximadamente R$180,00, os ATMs da Agribank possuem limite máximo de saque por vez de 5.000.000,00 dongs e os ATMs da BIDV 3.000.000,00 dongs.
Sa Pa:
- esteja preparado para períodos de frio e névoa de Dezembro a Janeiro;
- é possível encontrar pela cidade locais que vendem jaquetas, meias, luvas e roupas em geral para o frio;
- encontramos mercados fora do centro (que não é muito longe) com itens até 50% mais baratos;
Telefonia: A ligação custa em torno de 0,50 USD/minuto para o Brasil. Compram-se os créditos e o chip é de graça.
Estradas: as que constam nos mapas nem sempre são asfaltadas e, em algumas aparentemente de médio porte, não se consegue transitar com carro convencional por ser muito estreita e com íngremes subidas em terra, cascalho e às vezes algumas travessias de rios, consulte bem antes de percorrê-las.
4 de dez. de 2011
Novidades!
Vídeos!
Estamos no facebook - 2BIKES AND THE WORLD.
- - -
Videos!
We are in facebook - 2BIKES AND THE WORLD.
21 de nov. de 2011
Tailândia I - Pé na estrada / Thailand I - On the road
Posted by Marilia
13/11/2011 - 19/11/2011 - De Bangcoc a Phetchabun, Tailândia.
13/11/2011 - 19/11/2011 - De Bangcoc a Phetchabun, Tailândia.
Agora sim, finalmente partimos rumo à Europa, no dia 13 de Novembro! Pegamos um trem até uma estação que nos afastou um pouco da muvuca do centro da capital Tailandesa e começamos a pedalar.
Bom, decidimos mudar nossa rota logo no começo, e não vamos mais para o Camboja. Queríamos muito conhecer os templos de Siem Reap, chamados Angkor Wat, mas como tivemos de ficar esperando minha mala, a questão “clima no futuro” pegou, e não queremos pegar frio na Russia (se é que o roteiro não muda até lá!). E também, conversamos com quem visitou o lugar e nos disseram que o caminho até lá – 360 km de Bangcoc – não é bonito. Bom, o fato foi que reformulamos o caminho rumo ao norte da Tailândia!
O primeiro dia foi, basicamente, uma fuga de Bangcoc. Pedalamos 70km até Chachoengsao, onde chegamos no final da tarde e o dilema começou – onde armar nossa barraca? Depois de rodar um pouco pela cidade, decidimos pedir em algum templo, o que não falta pelo país todo.
Por fim, armamos nossa barraca em um ring de boxe tailandês, ensinado a crianças órfãs acolhidas por um monge que nos recebeu muito bem, oferecendo comida, banho e água.
Fora a novidade de dormir em um templo, vimos que o negócio de chuveiro e privada como conhecíamos era luxo de Bangcoc. Banho frio de caneca e privada turca, cuja descarga é um potinho com o qual você joga água e manda tudo embora.
No segundo dia, desviamos para uma estrada menor que estava bem mais tranquila, aliás muuuito tranquila. A paisagem era sempre alagadiça e a cada quilômetro víamos um tipo de criação diferente – peixe, camarão, lula. Nessa noite, não titubeamos e também dormimos em um templo com uma área externa imensa, onde viviam poucos monges, talvez uns seis. Nem precisamos de despertador, porque às 4 e 30 da matina eles começaram a cantar mantras e uma caixa de som imensa e alta reverberava a cantoria. Bem diferente!
Até então, foram quase 200 km de plano, totalmente plano, quase ao nível do mar. No terceiro dia, as coisas mudaram depois que adentramos em um Parque Nacional, o Khao Yai. Foram 35 km de subida em uma estrada perfeitamente asfaltada, envolta por muita floresta, macacos, pássaros e até elefantes, que não vimos, somente suas fezes (secas!). Dormimos, praticamente, em um spa de luxo – um camping com chuveiro (com água fria) e uma das privadas “normais”. Subimos quase 1.000m, então o clima mudou bastante, já com noites frias e dias menos abafados.
Passamos o dia seguinte no camping, lavamos roupa, escrevemos para o blog, descansamos, caminhamos, comemos, enfim, relaxamos as pernas! Tudo isso na companhia de muitos veados espalhados pela área do camping, buscando comida.
No camping, conhecemos um casal que vive na Austrália, Kora e Yan, que também estava viajando de bike – da Inglaterra à Austrália! Haviam partido em Março e pareciam ter outras experiências com esse tipo de viagem, então aproveitamos para trocar umas ideias e vimos que não estamos muito fora do esquema.
Saímos do parque e seguimos ao Norte por estradas pequenas, com pouco movimento. Iniciamos um trecho mais rural, com muitas plantações e pomares – milho, cana, mandioca, fruta do conde (delícia!), pitaia e arroz. Andamos mais três dias, agora com mais calor e muito sol. Já no meio da manhã, o sol é muito forte! Já não estávamos mais passando por lugares em que turista é comum, então todos olhavam muito, sorriam, faziam joia e muitos diziam “hallo, hallo!”. Dormimos mais duas noites em templos perdidos no meio dos pequenos vilarejos e uma noite em um pequeno hotel, na beira de uma estrada. Lugar simpático, não dos mais limpos e no meio do nada, já que há poucas cidades nas estradas em que estamos.
Andar por estradas menores tem vantagens e desvantagens. A vantagem é a tranquilidade das estradas e o visual, e a desvantagem é que você precisa estar abastecido para cozinhar à noite (e isso significa carregar mais peso, lavar a louça – no escuro, muitas vezes, etc.), enquanto que nas estradas maiores sempre tem uma cidade em que você pode jantar, senão tiver a fim de cozinhar. Por enquanto estamos misturando um pouco de cada. Estamos sempre almoçando em restaurantes, se é que se pode chamar de restaurante. A comida por aqui é bem barata (por 1 ou 2 USD comece-se bem) e há pratos bem gostosos (outros nem tanto). Escolher onde comer é uma aventura, pois muitos restaurantes não têm cardápio e muitos dos que o tem são sem figuras e todo em thai! Às vezes vamos até a “cozinha” e indicamos os ingredientes, ou vemos um prato que alguém está comendo e falamos que queremos um daquele. Mas com um detalhe importantíssimo – sem pimenta! Sério, o negócio deles com pimenta é um caso sério. Tem vez que engasgo, me falta ar e arde tudo só de ficar perto da cozinha deles, imagine comer!
Aos poucos, fomos adquirindo mais experiência e pegando os macetes dessa vida que levaremos por um tempo. Acordar, enrolar o colchão, dobrar travesseiro, empacotar tudo (o que secou e o que não secou) e colocar nos alforjes, desmontar a barraca, tomar café, escovar os dentes e pé na estrada! No meio do caminho é preciso decidir se estoca ou não comida e água, porque nunca se sabe se vai haver algum vilarejo (que não estão no mapa!). No final da tarde, o processo é contrário, desempacotando, armando barraca, além de cozinhar, muitas vezes, lavar e secar louça.
Outra coisa bem diferente são as pessoas, que fazem um alvoroço com a nossa presença, rindo de nós e falando mil coisas que não entendemos. Acham graça do jeito como falamos, de não entendermos o que falam, de tentarmos falar Thai, de estarmos viajando de bicicleta, enfim, de tudo. O povo aqui ri muito e é muito curioso. Quando estamos mexendo em algo diferente, como o filtro de água, as pessoas ficam olhando tanto, com tanta atenção, que o Marcos diz que vai vender ingressos.
Com certeza o conceito de limpeza aqui é diferente do nosso. Os banheiros raramente têm sabonete e não se usa papel higiênico, mas o tal do potinho para se lavar, técnica que ainda não aprendi muito bem. Na cozinha, o conceito de limpeza é também diferente, mas as comidas cozidas são bem cozidas, o que é frito é bem frito e o que é cru não comemos, só quando nós mesmos preparamos. Já comemos em diversos lugares e nada fez mal, até então. O pessoal daqui parece se preocupar com a água que bebe e ninguém bebe da torneira.
Nossa, tem tanta coisa nova que dá vontade de contar tudo, mas vou ficando por aqui!
Algumas cidades visitadas: Chachoengsao, Bang Sang, Prachin Buri, Pak Chong e Wichian Buri.
Facilidades inesperadas: Encontrar lugar para acampar, tomar banho! (Mãe, todos os dias, até agora!), comer muito barato.
Dificuldades: Comunicação, montar a barraca bem e rápido, calor e muito sol, beber água quente durante a pedalada (parece que não mata a sede!), sair bem cedo (arrumar as coisas antes do sol nascer é difícil, por causa do escuro e com lanternas não somos tão rápidos).
Os alimentos mais consumidos no período: arroz (papa e sem sal), sardinha enlatada, noodle, frango, ovo, banana (a preço de banana – uma dúzia por menos de 1 USD).
Dicas:
Alforjes: A ideia é colocar semelhantes junto com semelhantes, do tipo: coisas para dormir tudo junto, coisas para higiene junto, coisas para frio, coisas para calor, e assim por diante, de modo que fique prático para achar. Mas nem sempre isso é 100% possível, pois é preciso equilibrar o peso nos quatro alforjes (dois dianteiros e dois traseiros).
Língua: O pessoal por aqui não faz muita mímica, simplesmente fica falando, crente de que você está entendendo tudo. Temos um bloquinho com algumas frases escritas em Thai (cujo alfabeto é bem diferente do nosso) e algumas “como se lê”, como água, sem pimenta (por questão de sobrevivência), posso acampar aqui, posso tomar banho, remédio, hotel, quanto custa, obrigado, oi. Bem útil! Outras coisas boas são um bloco de papel e caneta, para o caso da comunicação verbal e gestual não rolar mesmo.
Placas: Não confie nas distâncias para cidades que as placas nas estradas indicam – em uma há indicação de uma distancia, e depois de alguns quilômetros em direção a ela, há outra indicando uma distância maior!
- - -
13/11/2011 - 19/11/2011 - From Bangcoc to Phetchabun, Thailand
On November 13, we finally started going in direction to Europe! We took a train to a station located far from downtown of the Thai's capital. Then, we proceeded by bicycle.
We had already decided to change our route some time ago and, as a result, we're not going to pass through Cambodia. We'd like to visit the Siem Reap's temples - called Angkor Wat - but we wasted our time waiting for my changed luggage. But the weather condition was the main reason that led us to give up, we didn't want to face the Russia's freezing weather (considering the route wouldn't change again). In addition, we got the information that the 360km-long pathway starting in Bangkok didn't have a beautiful view. So, we reformulated the route in order to go toward Northern Thailand.
The first day was basically an escape from Bangkok. We biked for 70 km toward Chachoengsao, where we arrived late in the afternoon. So, the dilemma came out: Where can we put up our tent? After biking around the town, we decided to ask for a shelter in some temples, which are plentiful throughout the country. We ended up putting up our tent in a Muay Thai boxing ring where orphan children are taught and are cared by a monk who, by the way, welcomed us kindly offering food, bath and water.
Apart from the fact of sleeping in a temple, we realized that the shower and the flush toilet were luxury of Bangkok. We had a cold bucket bath and had to use a squat toilet, whose flushing mechanism is to throw water in it with the aid of little pot.
On the second day, we biked on a quiet narrow road, by the way, a very quiet one. The landscapes were saturated with water in which we could see different kinds of animals, such as fish, shrimp, and squid. At night, we didn't hesitate in sleeping in a temple with a spacious outdoor area, It was a shelter for some few monks (maybe six monks, I think). We didn't even need an alarm clock because they started singing mantras that reverberated through the temple from a big powerful speaker. That was new to us!
So far, we had biked almost 200 km in a flat land, a completely flat one that was almost at the sea level. But, things changed on the third day when we got in the Khao Yai National Park. We faced a 35km-long ascent, cycling on a paved road which was surrounded by the forest - there were monkeys, birds and even elephants (We've seen only their feces!). We practically slept in a luxurious spa, it was a camping that had shower head (cold shower) and flush toilet. As we ascended almost 1.000m, the climate changed a lot - it was characterized by its cold nights and less sultry days.
We spent the following day in the camping: we did the laundry, we wrote our posts, we rested, we took a walk, in short, we rested our legs! We did all that in the company of a lot of deer, which were seeking for food throughout the camping.
There, we met a cyclist couple who lives in Australia - Kora and Yan - they were traveling by bicycle from the UK toward Australia! Once the departed in March, they seemed to have background in this kind of trip, so we took the opportunity to share some ideas with them (We realized that we're not on the wrong way!).
We left the park and proceeded toward the North along some slightly busy narrow roads. Then, we took a road in the countryside, where there were lots of cultivated areas - corn, sugar cane, assava, delicious sweetsop, pitaya and rice. We cycled under the heat of the blazing sun for three days(It was very hot, even early in the morning!). Once we weren't passing through places visited by tourists, everyone stared at us: they smiled, they gave a thumbs-up to us and, many of them, said "hallo, hallo!". We slept two nights in lost temples in small villages and one night in a small hotel by the road side (It was a cozy place...not that clean one...and located in the middle of nowhere, there were few towns by the road side).
Cycling across narrow roads has its advantages and disadvantages. An advantage is the tranquility and the view, and disadvantage is that you have to cook in the evening (which means that you have to carry more load, do the dishes in the darkness and so one). On the other hand, there is always a town along larger roads where you can have dinner if you're not in the mood to cook. For the time being, we've been cycling across both large roads and narrow ones. We always have lunch in restaurants (I'm not sure if we can call those places restaurants). The food is very cheap (US$ 1.00 or US$ 2.00) and there are very delicious dishes and also not that delicious ones. Choosing what to eat is an adventure because many restaurants don't have a menu and when there is one, it's written in Thai and there is no illustrations! Sometimes, we have to either go to the kitchen to indicate the ingredients we want or choose the dish by looking what someone else is eating. We don't forget a very important detail - no pepper! I'm not kidding, their taste for pepper is a serious case. Sometime I choke by only staying near the kitchen, imagine what if I eat their spicy food!
Day by day, we started getting more and more experience and learning the ins and outs of the new routine we'll face in the following months: Waking up, rolling up the sleeping pad, folding the pillow, packing everything in the panniers, disassembling the tent, having breakfast, brushing the teeth to finally hit the road! It's important to decide whether or not to carry food and water, because you never know if you'll find a village on the way (they are never indicated on the map!). At the end of the day, you have to do the reverse process: unpacking things, putting up the tent, cooking, doing and drying the dishes.
People's behavior is a little bit weird to us. They just get rowdy with our presence, they laugh at us and speak a lot of things we don't understand. They laugh at the way we talk, the fact that we don't understand them, the fact we try to speak Thai, the fact we're traveling by bicycle. In short, they laugh at everything. Here, people laugh a lot and are very curious as well. When we're handling something unknown to them, like a water filter, they stare at it so much that Marcos said that he'll start charging them (lol).
Here, the cleaning concept, without a doubt, is different from ours. The toilets seldom have soap and toilet paper is not used at all; instead, they use that pot for washing (a technique I haven't learnt very well). In the kitchen, the cleaning concept is different too but the dishes are well prepared (we don't only eat the raw dishes, we eat only those which are prepared by us). So far, we have eaten in several places and we haven't got sick yet. Here, people seem to worry about the water quality, nobody drinks tap water.
Wow, we've experienced so many new things that I want to write about at once, but that's all for now!
List of visited towns and villages: Chachoengsao, Bang Sang, Prachin Buri, Pak Chong and Wichian Buri.
Unexpected facilities: A place to camp, daily bath (Mom, I've taken a shower everyday so far!) and cheap food.
Difficulties: Communication, putting up the tent properly and fast, hot weather, the blazing sun, drinking warm water during the ride (It seems that it doesn't quench our thirst!), hitting the road earlier (packing things before the sun rise is difficult because it's dark and we're not so fast handling lamps).
The most consumed food so far: rice (mushy and tasteless), canned sardine, noodle, chicken, eggs and banana (You can get a dozen for a song, only US$ 1.00)
Tips:
Panniers: The idea is to group and store alike stuff, like sleeping, personal hygiene, cold weather, hot weather and so one. So that it gets easier to find them. But, that's not a hundred percent possible, once you have to balance the load on the bikes (two panniers are placed on the front and two on the back).
Language: Here, people don't care if you don't understand what they're saying, they just keep talking. We have a notepad on which we wrote some useful words and phrases in Thai and in the way they are pronounced (Thai's alphabet is quite different from the Brazilian one) - some examples: water, no pepper (it's a matter of survival), can I camp here?, can I take a shower?, medicine, hotel, how much is it?, thank you and hi!. In case of failure in verbal and body language communication, a pen and a piece of paper are very useful.
Traffic signs: Don't trust in the distance data between cities provided by traffic signs - A traffic sign indicates a certain distance but, kilometers ahead, there is other one indicating a distance even greater than the previous one!
28 de out. de 2011
Preparation / A Preparação
O plano era voar para Barcelona no dia 12/09, onde ficaríamos na casa da minha "tita" Jana por uma semana, onde compraríamos grande parte dos equipamentos e no dia 20/09 voaríamos para Bangcoc.
Este foi, provavelmente, somente o primeiro plano que foi por água abaixo. Ficamos um mês planejando toda a viagem, dia e noite pesquisando todo tipo de informação: equipamentos, roupas, bicicletas, vacinas dentre outras coisas. Já perto da data de partida, tínhamos quase tudo pronto, mas ainda assim havia um sentimento de que partir naquela data seria ainda muita correria. Aí veio a primeira decisão de muitas que serão feitas ao longo da viagem. Duas coisas nos levaram a, finalmente, decidir adiar a viagem: o irmão do Marcos, o Emanuel, iria para os Estados Unidos, de onde ele poderia trazer parte das nossas coisas (que são bem mais baratas por lá e lá tem realmente tudo!) e voltaria no começo de Outubro. A segunda coisa foi que a escolha das bikes estava nos dando trabalho! A princípio, pensávamos em comprá-las em Bangcoc, onde há boas bicicletarias que vendem boas bikes, mas mountain bikes ou speeds. Mas logo notamos que nenhuma dessas é adequada para longas viagens. Encontramos uma bicicletaria em Barcelona que fazia bicicletas de cicloturismo personalizadas. Escolheríamos as peças, o quadro, os bagageiros, os alforges e tudo o mais. Perfeito! Bem, quase... data de entrega: 22 de Outubro. Decidimos esperar. Claro que analisamos a fundo a questão do tempo. Partir seis semanas mais tarde não atrapalharia nosso planejamento de clima, ou seja, a chegada em locais muito frios ou muito quentes. Além do que, as chuvas na Tailândia nos meses de Setembro e Outubro foram monstruosas!! Como disse meu tio, se não tivéssemos adiado a viagem teríamos de vender as bikes para comprar um submarino.
Já com mais tempo, finalizamos as compras dos produtos com mais calma e fomos atrás de patrocínio. Uma busca louca com resultado! No último segundo do segundo tempo conseguimos dois patrocínios. O primeiro foram dois ótimos seguros viagens por 1 ano, da empresa Vital Card, do Grupo Schultz. O segundo foi um patrocínio da Níquel Náusea.
Toda essa preparação me ensinou muitas lições. Uma delas foi a de confiar nos acontecimentos. É uma ilusão nossa pensar que temos controle sobre tudo. No começo ficava maluca por algo não ter dado "certo", mas poucas horas depois outra coisa acontecia e tudo estava perfeitamente alinhado.
Toda essa preparação me ensinou muitas lições. Uma delas foi a de confiar nos acontecimentos. É uma ilusão nossa pensar que temos controle sobre tudo. No começo ficava maluca por algo não ter dado "certo", mas poucas horas depois outra coisa acontecia e tudo estava perfeitamente alinhado.
Essa fase de preparo foi uma atração à parte, já cheia de adrenalina. Que venha a viagem! Que aliás nem sabemos se começará na Tailândia! As chuvas ainda estão fortes e o país está alagado! Vamos ver o que acontece!
Abaixo listamos algumas dicas sucintas e práticas.
Rota: A primeira coisa que fizemos foi decidir quais países queríamos visitar. Parece fácil, mas não é. Para visitar, um, é preciso abrir mão de outros e aí já viu! No começo você quer passar por TODOS! Estudamos a situação e características dos países, como conflitos, clima, relevo, doenças, fronteiras e vistos. Depois disso, traçamos a rota dentro dos países, o que também é difícil, pois cada país tem trocentas atrações e não dá para visitar todas. O resultado disso foi um traçado detalhado, mas que pode ser modificado ao longo da viagem e provavelmente o será, porque como percebemos logo, as coisas nunca acontecem como achamos que acontecem. O importante é estarmos preparados para as mudanças.
Equipamentos: Pesquisamos profundamente os melhores equipamentos, como barraca, saco de dormir, colchão, fogareiro, roupas, alforges, bicicletas e seus acessórios, bagageiro, toalhas, etc. O mais importante neles era que fossem leves e resistentes. Listas de equipamentos em blogs de outros viajantes foram muito úteis.
No Brasil não é fácil encontrar equipamentos, especialmente os de acampamento. Na Europa, EUA e Canadá há muitas marcas e companhias excelentes.
Bicicleta: Estudamos intensamente quais bicicletas levar. Há muitas bikes ótimas para cicloturismo, mas também muito caras. Percebemos que as bikes precisavam ter durabilidade, fácil manutenção, quadros e aros fortes, geometria, banco e guidão confortáveis. Os bagageiros deveriam ser fortes e os alforjes à prova de água.
Mecânica de bike: É sempre bom saber como consertar sua bike quando se está indo para o meio do nada. O Marcos já sabe muita coisa sobre isso, mas eu decidi ter umas aulas com o irmão dele, o Vitor. Foi excelente!
Vacinas: Consultamos um medico especializado em viagem, no Núcleo do Viajante, no Hospital Emílio Ribas, em São Paulo. A consulta foi muito valiosa. A médica recomendou algumas vacinas, passou medidas de prevenção de outras, medicamentos básicos e outras dicas em função do país a ser visitado.
No Brasil, não conseguimos encontrar vacinas de doenças que não temos, como Encefalite Japonesa e Encefalite do carrapato. Os europeus e americanos as encontram.
The previous plan was to flight right to Barcelona on September 12th, where we’d stay at my tita" Jana for a week to buy a great amount of equipment we needed, and then go to Bangkok on September 21st.
That was probably only the first plan to go down the drain. We’ve spent a month planning the trip day by day, researching about a lot of important stuff, such as equipment, clothing, bikes and vaccines. We were getting closer to the departure date and we had almost everything arranged, but we got the feeling that we were not ready yet. So, we took the first of lots of decision we may take during the trip: we decided to postpone the trip.
Such a decision has been made due to two important facts: The first one was that Marcos’ brother, Emanuel, proposed us to purchase part of the stuff in the U.S.A. and bring them to Brazil in October. The second one was that it was hard to choose the bikes! At first, we planned to buy them in Bangkok, where there are good bike shops (but which only sells mountain-bikes and speeds). But we noticed that none of them was suitable for a long-term trip.
So, we found a bike shop in Barcelona that makes customized cycle tourism bikes that allows the costumer to choose the bike components, e.g. frames, carriers, panniers and so one. Perfect?! Well, almost perfect.. the deadline for the delivery was October 22nd...so we decided to wait.
It's obvious that we've analyzed the potential impacts of our decision, postponing the departure to six months later wouldn't impact the planning of the trip (especially regarding the weather, you know, the arrival in places with bad weather conditions). Moreover, Thailand has faced too heavy rainfalls in September and October! My uncle said that if we hadn't postponed the trip, we would have to sell our bikes to buy submarines (lol).
Having more time for the arrangement, we were able to conclude the purchasing of our equipment with tranquility and look for sponsorship. It was a crazy task but with results! At the very last minute, we got two sponsorships: one was provided by Vital Card from Schultz Group, which gave us two great travel insurances for a year, and the other one was provided by Níquel Náusea.
All we have done so far has taught us many things. Trusting in happenings is one of them. It's a illusion to think we can control everything. At the beginning, we were going crazy as things didn't work the way we had planned, but we noticed that the succession of the following happenings made everything all right.
The planning and preparation phases for themselves were full of adrenaline. And now, we're ready for the trip.. that, by the way, we don't even know if we'll kick it off from Thailand! The heavy rain is still falling and there are lots of flooding areas in that country! Let's see what's next!
Below, we've listed some brief and useful tips:
Route: The first thing we did was to decide which countries we wanted to visit. It may seem easy, but it's not. At the beginning, you want to pass through every county but you have to give up some to visit others! We researched the situations and characteristics of each chosen country, e.g. conflicts, the climate, the relief, diseases, boundaries and visa. After that, we defined the route, but that was a tough task because each country has hundreds of attractions and It's impossible to visit all of them. As a result, we made a detailed route that may be updated as the trip goes on, 'cause we've already realized that things never happens the way we expect. But, what is really important is to be prepared for eventual changes.
Equipment: We've researched a lot about the best equipment, like tents, sleeping bags, mats, mattress, camping stoves, clothes, panniers, bikes and their accessories, racks, towels, etc. The main requirement to buy them was that they should be both resistant and light. Gear lists in blogs and websites are very useful.
In Brazil it is not easy to find good gears, especially camp equipments. In Europe, USA and Canada there are plenty of good brands and companies.
Bike: We've intensely study what bikes to take. There are some very good travel bikes and also very expensive. We decided that our bikes must have durable parts and easy maintenance, strong frames and rims, comfortable geometry, saddles and handlebars. Strong racks and waterproof pannier are also very important. '
Bike mechanics: It's always useful to know how to maintain and fix your bike, mainly when you're going to the middle of nowhere. Marcos already knows a lot about that but I decided to take some classes with Marcos' brother, Vitor. It was great!
Vaccines: We've consulted a doctor specialized in travels, in the Center of the Traveler, at Emílio Ribas Hospital, in São Paulo. The consult was very valuable, the doctors recommended some vaccines, prevention measures, basic medicines and other tips relying upon the country to be visited.