Bonjour Chuvas!

De Estrasburgo a Toulouse, França – De 28/09/2012 a 12/10/2012

As chuvas chegaram pra valer! Mas as chuvas agora não são mais grandes problemas. Conseguimos nos virar bem nas chuvas frequentes que pegamos pela França, pois em sua maioria não foram muito fortes e com as roupas técnicas (com boa “transpirabilidade” e proteção à água) a vida nossa se torna confortável diante deste antes tão temido evento natural.

Mas nem tudo é chuva por aqui! Ficamos encantados pela paixão que o povo francês tem pelo queijo, vinho e outros produtos, muitos deles vindos das fazendas e pequenas fábricas rurais por onde passamos. Vimos várias vezes placas nas entradas das fazendas convidando as pessoas para provarem seus produtos e compra-los ali, diretamente.

Não vou me atrever em detalhar como eles fazem seus queijos, vinhos, pães, pois um toque especialmente francês é o que não falta! Mas provamos alguns queijos nos nossos lanches de almoço: Coulommiers, Camembert e “Fromage du Chèvre” (queijo de cabra).
Quando paramos  nas casas de pessoas que nos oferecem comida provamos diferentes comidas como pato assado e foie gras, afinal de contas nossas pedaladas exigem muita energia, essa é uma boa justificativa para comermos tudo isso!

A recepção calorosa na francesa tem sido espetacular, começando pelos amigos de Estrasburgo e ao longo do caminho até Toulouse não tivemos dificuldades para dormir, pegar água ou nos proteger da chuva, ótimas experiências. Até conseguimos arrastar nosso francês nas conversas, o que nos ajudou bastante, afinal de contas depois de tantos países finalmente estamos num país no qual podemos entender as conversas, as placas nas ruas, assim é muito bom, pois podemos nos interagir melhor!

Quanto aos 12 dias de pedaladas, atravessamos belos vales e uma impressionante garganta: “La Gorge du Tarn”, só as fotos mesmo poderão descrever bem quão belas são aquelas estradas e pequenos vilarejos, com destaque à vila de Sainte Enimie, cravada no meio da garganta com belíssimas construções históricas e à beira do Rio Tarn. Algumas cidades próximas a vulcões inativos como a cidade de Le Puy, com montanhas vulcânicas no interior da cidade, a bela catedral de Notre Dame e muitas outras atrações. Castelos, igrejas e capelas antigas, muitas delas datadas do século XI, mas como há tanta atração e nem sempre tanto tempo para poder ver tudo aproveitamos muito bem as estradas e as paradas em pequenos vilarejos. Uma das vezes até provamos o queijo “Bleu”, típico da região do Tarn com suas “caves”, local onde armazenam os queijos e deixam lá por anos seja para conservar ou para melhorar ainda mais seus aspectos como sabor, odor ( e que odor!!) e textura. Experimentamos pela primeira vez a carne de pato, bastante consumida na França, assado ou seco como presunto.

Agora, cá estamos, em Toulouse, cidade grande – conhecida por ser a cidade rosa por conta da coloração de suas construções, muitas das quais feitas com tijolos de coloração bem característica! Do que pudemos conhecer da cidade notamos suas belezas: como o “Canal du Midi”, o Capitólio, as catedrais e monumentos e a movimentada vida noturna.

Fizemos um belo passeio de bicicleta com nossa anfitriã, Thérèse, que nos explicou bem muitas coisas sobre a cidade. Nos deliciamos com as longas e interessantes conversas, bem como com os pratos bem ornamentados e delicadamente preparados por ela e seu marido, Gérard. Enfim, mais uma bela lembrança dos amigos que temos feito ao longo do nosso caminho.

Seguiremos nossa viagem pedalando pelos Pirineus em direção aos Países Bascos. Voilà!

Algumas cidades visitadas: Sélestat, La Bresse, Auxonné, Chalon-sur-Saône, Cluny, Tarare, Feurs, Le Puy-em-Velay, Mende, Sainte-Enimie, Millau, Graulhet, Lavaur e Toulouse – França.

Curiosidades:

- É bastante comum comer carne de pato aqui pela França;

- Existe um ritual bem típico francês durante as refeições: comer queijo após o prato principal e sempre beber vinho durante as refeições;

- É comum na entrada de algumas vilas uma classificação de vila mais florida;

Dicas:

Equipamentos:

- Bolsa à prova d’água: compramos mais uma para poder manter os alimentos protegidos da chuva e umidade, bem útil.

Estradas:

- Aconselhamos aos ciclistas procurarem sempre por estradas pequenas (atravessando pequenas vilas) e/ou ciclovias sinalizadas. Como há muitas estradas na França, o ideal é escala de, mais ou menos, 1:500.000.

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