29 de nov. de 2012

Foi "fixi"


De Lisboa, Portugal a Fes, Marrocos. De 07/11/2012 a 29/11/2012.

“Fixi” foi o que mais ouvíamos dos jovens lisboetas e moradores de Lisboa, e quer dizer legal, “da hora”. E nossa estadia por Lisboa foi bem movimentada, entre muitos jovens, alguns estrangeiros como nós, outros não, todos na grande casa de Jêrome – francês morador de Lisboa que nos recebeu em sua casa-cinema-yoga-etc.. Tudo isso porque em sua casa além de receber estrangeiros ainda tinha tudo isso de atividades. Ufa! Foi agitado para nós!



Tivemos alguns dias pela região de Lisboa e pudemos visitar Sintra e Cascais, duas belas cidades. Belas praias por perto e muita história ao longo das estreitas e íngremes estradas nas redondezas de Sintra. Lá estivemos pelo ponto mais ocidental da Europa, o Cabo da Roca, com seu belíssimo farol.
De Lisboa pegamos o barco que atravessa o rio Tejo e pedalamos com chuva nos 2 dias seguintes, mesmo assim as grandes áreas com carvalho para produção de rolha nos entreteu bastante, assim como as videiras do Alentejo, já próximo à Espanha.
Eis que retornamos à Espanha! Mas agora na “Junta de Andalucía” – região sul. Se caíssemos de paraquedas saberíamos dizer que já estávamos na Espanha, pela paisagem vasta e pelas longas distâncias entre cidades e por mais outra coisa que vimos ainda mais nessa região: os porcos (consequentemente o “jamon” – presunto em espanhol) – a maioria deles criados soltos, no meio das oliveiras e matas. Nesta região (sul) nota-se a influência árabe pelos castelos mouros no topo de algumas cidades.



Pedalamos até Algeciras, já na costa, próximo ao estreito de Gibraltar e de lá pegamos um barco para Ceuta, cidade espanhola no continente africano, e dali atravessamos uma fronteira um tanto quanto confusa. Muita gente, principalmente marroquinos, a pé e de carro carregando pilhas e pilhas de tranqueiras. As primeiras cidades na costa contrastaram bem com a vazia Espanha, multidões caminhando pelas ruas e muitas crianças por todo o lado.
Atrevendo-me a falar da arquitetura das construções: acredito que o estilo árabe predomina – formatos de minaretes quadrados e algumas formas arredondadas ao estilo mulçumano; a língua mais falada é o árabe marroquino e muitos falam francês muito bem – isso nos ajuda bastante e tem também a língua dos povos nativos – berber.
Apesar de já termos visitado muitos países muçulmanos, o Marrocos nos pareceu o país com maior influência árabe – feição, língua, costumes, comidas. A grande maioria das mulheres usa lenço, mas seu uso não é obrigatório e dizem que no verão algumas delas usam saias e shorts.
Agora estamos em Fes, cidade turística e bastante visitada. Visitamos a medina, que é parte antiga da cidade. Muitas cidades ainda preservam suas medinas, onde há mercados, mosteiros e minaretes.
Algo comum a alguns outros países muçulmanos foi voltar a ver pessoas rezando em qualquer lugar. As pessoas simplesmente param o que estão fazendo, pegam seu carpete e começam a rezar. Vimos pessoas na fila de carros para pegarmos o barco, em Algeciras, numa livraria, um agricultor no alto de um morro e muitas outras.
Conhecemos um pouco da cultura marroquina visitando supermercados e principalmente os mercados abertos. Ambos vendem muitos temperos, especiarias, azeitonas, salsichinhas (não de porco), castanhas, frutas secas, centenas de tipos de cebola, alho, farinhas (para pão, cuscus e outros), grãos (lentilhas, grão de bico, arroz e etc.), diversos tipos de pães, frutas (romãs, caqui, laranja, banana e outras), doces tipo turcos– fritos e banhados com calda doce – não dos meus favoritos. 


Pode parecer estranho a muitos, mas o Marrocos tem um inverno um tanto quanto frio. Nas partes baixas a temperatura atinge zero, já nas montanhas há muita neve, dependendo da altitude. Não chegaremos tão alto.
Da muvuca da cidade iremos para as montanhas mais tranquilas e frias.

Algumas cidades visitadas: Sintra, Cascais, Moura, Montijo, Alcácer do Sal, Torrão – Portugal. Cortegana, Aracena, Sevilla, Arcos de la Frontera, Algeciras, Ceuta – Espanha. Tétouan, Ouazzane, Fès – Marrocos.

Curiosidades:
- Talvez seja óbvio, mas voltamos à era do trânsito confuso. Os motoristas educados ficaram no outro lado do estreito.

- Voltamos a ver elevadas concentrações de homem por metro quadrado. Incrivelmente, os homens se aglutinam em cafés/bares e ficam horas por lá.

- Diferente da Europa aqui vemos muitas crianças pelas ruas.

- É comum ver perambulando para cima e para baixo pelas ruas e vilarejos homens vestindo um sobretudo com um capuz, ou apenas uma túnica, normalmente de cor marrom. É um traje típico das pessoas religiosas da região do norte da África.

- Vimos em muitos estabelecimentos comerciais ou nas ruas a imagem do rei.

Dicas:
- Se visitar o Marrocos no inverno, traga blusa de frio e guarda-chuva. Se vier no verão, traga protetor solar, chapéu e beba muita água, pois a temperatura pode ser de 50°C facilmente.

Barco (Lisboa): há diversas opções que saem do Cais de Sodré. Fomos até Montijo por ¢1,8 per capita. Bicicletas não pagam. Há também a possibilidade de ir de trem (comboio, em português de Portugal), mas a paisagem não é tão bela. Os preços variam com a distância do percurso.

- Barco (Estreito de Gibraltar): Atravessamos o Estreito saindo do porto em Algeciras e fomos até Ceuta. Algeciras tem o porto mais movimentado, com o maior número de barcos partindo. Os preços são iguais para todas as diversas empresas que vendem o bilhete. Os preços variam com o destino e com a velocidade do barco, mas no nosso caso, por exemplo, havia apenas opções de barcos rápidos nas próximas horas. Pagamos ¢31 per capita. Bicicletas não pagam e vão na garagem, junto aos outros automóveis.

- Alternativa: O custo de cruzar o estreito de barco é alto, se comparado a alguns voos “low cost” (baixo custo) que há da Europa para o Marrocos (Marrakech, Casablanca, Rabat e outras), que podem ser tão baratos quanto ¢30. Mas fique atento às regras de bagagem, pois o limite de peso é baixo e paga-se muito pelo excesso de bagagem. 

VEJA MAIS FOTOS NOS ÁLBUNS - PORTUGAL, ESPANHA E MARROCOS

2 comments:

Regina e Raquel disse...

Li com o Bruno, que demais, fui viajando com vcs....

Marília disse...

Que bom, Quel!! Beijos!

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